Fabiana Borges dos Santos ‡ Resumo O processo de financeirização tem afetado a governança das empresas não-financeiras, pois impõe a convergência das firmas ao modelo anglo-saxão de propriedade dispersa, maximizadora de riqueza ao acionista. Para entender como a financeirização tem afetado a governança das empresas não-financeiras deve-se conhecer sua estrutura de propriedade e controle. O objetivo deste artigo é apresentar a estrutura de controle das empresas nãofinanceiras do Novo Mercado (NM) da BM&FBovespa no ano de 2012. A amostra é composta por 118 empresas não-financeiras e, a estrutura de controle foi aberta para trás até encontrar o último e os três últimos acionistas. Os resultados mostraram que as famílias e os indivíduos são os principais acionistas, mas houve um aumento da participação dos investidores institucionais, bem como uma redução na concentração do controle da propriedade. Palavras-chave: Financeirização, Governança Corporativa; Controle da Propriedade.
Resumo: Nas últimas décadas tem-se observado o aumento da supremacia das finanças sobre o capital produtivo, afetando o processo de acumulação do capital nas economias capitalistas. Este processo, definido pelos regulacionistas franceses como Financeirização, afetou a governança das empresas, direcionando-as à criação de riqueza ao acionista. O objetivo deste trabalho é estudar os impactos da financeirização sobre a estrutura de capital e a governança das empresas brasileiras não--financeiras de capital aberto no período de 1995 a 2008. Os resultados mostraram que a financeirização afetou o padrão de financiamento destas empresas, reduzindo a taxa de crescimento de seu imobilizado e aumentando sua fragilidade.Palavras-Chave: Financeirização; Governança Corporativa; Empresas Não--Financeiras de Capital Aberto.
RESUMO O objetivo do artigo é investigar o impacto da financeirização sobre o investimento produtivo das empresas brasileiras não-financeiras de capital aberto no período de 2010 a 2016. Para isto, foi estimado um modelo dinâmico de dados em painel por meio do Generalized Method of Moments (GMM) utilizando os dados contábeis e financeiros dessas empresas. Os resultados mostraram que o endividamento, o custo do capital, o pagamento de juros sobre o capital próprio e dividendos prejudicaram o investimento produtivo das empresas não-financeiras, enquanto o lucro operacional o afetou positivamente. Isso demonstra que existe um processo de financeirização nas empresas brasileiras e que esse fenômeno impacta negativamente o investimento produtivo.
O presente artigo analisa a fragilidade financeira externa da economia brasileira no período entre os anos de 2003 e 2018. Para tanto, são calculados indicadores de fragilidade financeira externa que possuem como fundamento teórico a Hipótese da Fragilidade Financeira de Minsky (1986), adaptada para uma economia aberta. Os indicadores mostraram que o Brasil possui elevada proporção de passivos externos de curto prazo comparativamente às reservas e que as exportações brasileiras são consideravelmente baixas, diante da demanda corrente por moeda estrangeira. Verificou-se ainda, que a trajetória desses índices foi fortemente influenciada pela oscilação dos preços de commodities e pelos fatores patrimoniais.
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