Introdução. A imagética motora (IM) consiste na evocação do plano motor de uma dada ação sem que haja a execução do movimento. Objetivo. Realizar uma revisão e análise crítica sobre a IM, discutindo as características neurofisiológicas, as diferenças entre as estratégias de simulação e sua aplicação clínica no contexto da reabilitação de pacientes pós-Acidente Vascular Cerebral (AVC). Método. Busca de artigos indexados pelas bases ISI e Medline, publicados entre 1980 e 2012, nos idiomas inglês, português e espanhol. Discussão. A IM é capaz de levar a ativações cerebrais, fisiológicas e comportamentais semelhantes às ocorridas durante a execução motora. Entretanto, a IM pode ser realizada utilizando duas possíveis estratégias, a cinestésica e a visual, e cada uma delas provoca distintos padrões de ativação cortical. Observou-se que o treinamento com a IM é capaz de gerar ganhos funcionais em pacientes pós-AVC. No entanto, não foi possível padronizar a utilização do protocolo mais adequado, visto que ainda não há um consenso quanto à frequência, duração, a estratégia de IM e a fase da doença mais apropriada para sua aplicação. Conclusão. Apesar dos avanços, ainda há necessidade de mais estudos a fim de determinar as diretrizes para a utilização da IM na reabilitação motora e seus benefícios a longo prazo.