RESUMO Objetivo Analisar o resultado dos tempos um, três, cinco e sete minutos de execução do exercício vocal sopro e som agudo, em mulheres com disfonia por nódulos vocais e em mulheres sem queixa de voz. Método Trata-se de um estudo experimental com amostra de conveniência consecutiva. Participaram 30 mulheres disfônicas, por nódulos em pregas vocais (GE), e 30 mulheres sem queixa vocal (GC). Todas executaram o exercício sopro e som agudo durante um, três, cinco e sete minutos. As vogais sustentadas /a/ e a contagem de um a dez foram registradas antes e após cada tempo de execução do exercício. As gravações foram randomizadas e avaliadas por tarefa de comparação por quatro fonoaudiólogos utilizando os parâmetros grau de desvio vocal, rugosidade, soprosidade, antenia, tensão e instabilidade (GRBASI). Para a análise acústica, foram obtidos os parâmetros de frequência fundamental, jitter, shimmer, o quociente de perturbação de frequência, quociente de perturbação de amplitude e proporção harmônico ruído. Depois de cada momento de realização do exercício vocal, as participantes responderam em uma escala visual analógica de desconforto vocal. Resultados A análise perceptivo-auditiva no GE demonstrou melhora do grau geral da disfonia e da soprosidade após três minutos e piora destes parâmetros auditivos após sete minutos de realização do exercício. Houve autopercepção do desconforto vocal após sete minutos de realização do exercício no GE. Conclusão O tempo ideal de prescrição do exercício vocal sopro e som agudo para o grupo das mulheres disfônicas foi de três minutos. O mesmo grupo, após sete minutos, apresentou piora na qualidade da voz e autorreferiu desconforto.