Objetivo: analisar a tendência temporal das taxas de suicídio no Brasil no período de 2013 a 2022. Métodos: Estudo ecológico de série temporal com dados sobre mortalidade por lesão autoprovocada no Brasil. Foram calculadas as taxa de suicídio por 100 mil habitantes, segundo características sociodemográficas. A tendência temporal foi estimada pela regressão de Prais-Winsten. Resultados: No Brasil, no período de 2013 a 2022 foram registradas 23.222 mortes por lesões autoprovocadas. A taxa de mortalidade, no Brasil, entre adultos jovens foi superior comparado aos outros grupos de idade com 7,50 óbitos para cada 100 mil jovens. Logo após, adolescentes apresentam uma taxa de mortalidade de 5,28 mortes/100 mil adolescentes, enquanto a mortalidade entre os de 10 a 14 anos é de 1,07/100 mil. Observou-se que o enforcamento, estrangulamento ou sufocação representou mais de 74% dos óbitos totais, seguido das mortes por arma de fogo com 4,26 e precipitação de um lugar elevado com 3,95% dos óbitos. Na análise temporal, observou-se que em todos os grupos de idade e regiões do país houve tendência de crescimento da taxa de mortalidade. Ressalta-se as regiões Norte com aumento de 8,72% ao ano das mortes entre adolescentes jovens, Sudeste com crescimento de 9,55% ao ano entre adolescentes e o Sul com 8,75% de aumento entre adultos jovens. Conclusão: Foram identificadas altas taxas de suicídio no Centro-oeste, com destaque para adultos jovens. A tendência temporal foi de crescimento em todas as macrorregiões e em todos os grupos de idade analisados.