O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos, durante a recuperação passiva (RP), do tipo de exercício realizado previamente (corrida ou natação) e da capacidade aeróbia, determinada através do limiar anaeróbio (LAn), sobre a taxa de remoção do lactato sangüíneo (RLS), após um exercício de alta intensidade. Participaram do estudo nove indivíduos ativos do sexo masculino (20,66 + 3,24 anos; 1,76 + 0,04 m e; 71,22 + 4,26 kg). O LAn foi determinado medindo-se a concentração de lactato (YSL 2300 STAT) após cada tiro nos testes de corrida (3 x 1200 m progressivos) e de natação (3 x 200 m progressivos). A velocidade de cada exercício correspondente a 4 mM (LAn) foi calculada por interpolação linear. A seguir, os indivíduos realizaram em dias diferentes, duas sessões experimentais: corrida - 2 x 200 m na máxima velocidade, com 2 min de intervalo entre as tentativas; natação - 2 x 50 m na máxima velocidade, com 2 min de intervalo entre as tentativas. Cada procedimento deste foi seguido por 30 min de RP Após um, sete, 12, 17 e 30 min do término do exercício de alta intensidade, foram coletados 25 pl de sangue para a medição do lactato. Utilizando-se a regressão linear entre o logaritmo da concentração de lactato e o tempo da recuperação, foi calculado o meio tempo (t 1/2) da RLS. A RP após a corrida (CP = 25,5 min), apresentou um t 1/2 significantemente maior do que a RP após a natação (NP = 18,6 min). O t 1/2 das seqüências CP e NP, não correlacionaram-se com a velocidade correspondente ao LAn, obtida respectivamente na corrida (r = -0,18) e na natação (r = -0,57). Houve correlação significante entre os t 1/2 das seqüências CP e NP (r = 0,77). Com base nestes resultados, pode-se concluir que a capacidade aeróbia, determinada através do LAn, parece não influenciar a velocidade de RLS durante a RP. Durante a RP, a velocidade de remoção do lactato sangüíneo é menor após o exercício de corrida do que de natação