O propósito deste estudo foi avaliar a rugosidade de duas marcas de resinas compostas, expostas ao peróxido de hidrogênio a 35% sem cálcio (HP) ou com cálcio (HPCa++). Os oito grupos formados (n=5) foram: FHP (Forma A2E-discos-HP); C1 (Forma A2E-discos); FHPCa++ (Forma A2E-discos-HPCa++); C2 (Forma A2E-discos); VHP (Vittra APS EA2-discos-HP); C3 (Vittra APS EA2-discos); VHPCa++ (Vittra APS EA2-discos-HPCa++); C4 (Vittra APS EA2-discos). Os blocos de resina, com área de 1cm2 foram avaliados em fotômetro de reflexão e microscópio de força atômica (AFM). Os dados obtidos foram tabulados e realizou-se o teste de diagnóstico de normalidade descritivo, pelo teste Kolmogorov-Smirnov, com p > 0,05, atendendo ao pré-requisito dessa distribuição, além de terem sido comparados pelo teste t de Student, com um nível de confiança de 95% (p <0,05), quando nas análises 2 a 2, e pela ANOVA e teste de Tukey, na comparação de 3 ou mais grupos. As imagens obtidas pelo AFM foram descritas e os dados de rugosidade aferidos. Os resultados de reflexão não apresentaram diferenças significativas entre os grupos, independentemente das resinas ou dos agentes clareadores utilizados (p=0,073). Morfologicamente houve expressiva perda de matéria superficial e exposição de componentes, bem como, sinais de extrapolação de amplitude, evidenciando regiões com variação de longo alcance, compatíveis com aumento da rugosidade em todos os grupos experimentais, com padrões inerentes a cada resina. Os agentes clareadores de alta concentração, por sua capacidade oxidativa podem aumentar a rugosidade de resinas compostas, sendo fundamental o cuidado na execução de procedimentos de clareamento sobre elas.