Os inibidores da HMG-CoA redutase (vastatinas ou estatinas) constituem uma notável classe de medicamentos redutores de colesterol e têm sido associados com uma expressiva diminuição da morbidade e mortalidade cardiovascular para pacientes em prevenção primária ou secundária da doença coronariana 1 (Figura 1).Entretanto, a questão que permaneceu após todos estes estudos é a de que apesar dos benefícios, um considerável resíduo de morbidade e mortalidade ainda foi observado, sugerindo que uma redução adicional do colesterol pudesse estar associada com vantagens adicionais. Após a publi-A necessidade de metas mais agressivas de redução do LDL-C determina a utilização de estatinas de primeira geração em doses mais altas ou o uso de fármacos mais recentes e mais efetivos. Neste contexto, torna-se essencial o conhecimento das propriedades farmacocinéticas e farma- As estatinas são agentes hipolipemiantes que exercem os seus efeitos através da inibição da HMG-CoA redutase, enzima fundamental na síntese do colesterol, levando a uma redução do colesterol tecidual e um conseqüente aumento na expressão dos receptores de LDL. Existem consideráveis diferenças entre as estatinas, no que tange às propriedades farmacocinéticas, bem como ao coeficiente de hidrofilicidade, via hepática de metabolização (especialmente, do citocromo P450 e isoenzimas), meia-vida plasmática e eficácia na redução lipídica. As estatinas também podem diferir na capacidade de interação com outras drogas que utilizam a mesma via de metabolização. Recentemente, muitos efeitos pleiotrópicos têm sido relatados com estas drogas, bem como propriedades antiinflamatórias, melhora na função endotelial e benefícios na hemostasia. A figura 2 mostra a relação log linear entre o risco de doença arterial coronariana e o valor do LDL-C 2 .
Redução de eventos coronarianos com estatinas
PALAVRAS-CHAVE