IntroduçãoDoenças cardiovasculares coronarianas, dislipidemias, hipertensão, obesidade e diabetes mellitus formam um conjunto de morbidades geralmente associadas entre si, constituindo-se em graves problemas de saúde pública 1,2 . Numerosos estudos demonstraram que na etiologia dessas doenças encontram-se fatores cujas etiologias podem estar vinculadas às características genéticas, estilo e qualidade de vida. O último é caracterizado pelo modo de viver, que conduz a práticas, hábitos, pressões e desgaste físico-psicológico, que se constituem em fatores de risco, tais como tabagismo, etilismo, alimentação inadequada, sedentarismo e estresse 3 . Pesquisas têm mostrado que além do tipo e quantidade de alimentos ingeridos, o impacto dos hábitos alimentares no processo saúde-doença é também influenciado pelo modo de alocação da alimentação no curso do dia 4,5,6,7,8 .O comportamento alimentar é complexo, envolvendo aspectos metabólicos, fisiológicos e ambientais 9,10 , que apresentam ritmicidade circadiana, herdada e espécie específica, sendo a humana essencialmente diurna. Está sincronizado ao ciclo claro/escuro 10,11,12 e aos níveis de cortisol, serotonina, leptina, citocinas, entre outros 10,12,13 . Além disso, o ritmo social imprime marcado efeito na regulação da alimentação, pois a sociedade contemporânea funciona 24 horas e seu impacto na quantidade, qualidade