A utilização de aparelhos eletrônicos como celulares, tablets, controles remotos, notebooks, computadores foi intensificada durante a pandemia da Covid-19, onde uma grande parte da população utilizou os serviços remotos abdicando os presenciais, como serviços de banco, compras online, encomendas, deliveries, educação, como forma de manter o distanciamento. O presente trabalho objetivou apontar os principais microrganismos presentes em aparelhos eletrônicos, as formas de contaminação e os métodos de controle reportados na literatura. A partir desta revisão foi possível perceber o potencial para veículo de microrganismos e propagação de doenças infecciosas presentes nesses objetos. Estes são contaminados através de contato direto com a pele ou por gotículas salivares. O tempo de permanência pode variar de dias a meses dependendo do microrganismo e do material da composição da superfície. Para a prevenção e controle, já estão disponíveis no mercado recursos como películas de revestimento, baseadas na nanotecnologia que apresentam atividade antimicrobiana, que podem limitar a propagação de microrganismos. No entanto, a pesquisa por agentes químicos destinados ao uso em aparelhos eletrônicos apresenta dados escassos. A partir desse estudo é compreendido a importância das medidas preventivas e cuidados na utilização de objetos que podem ser possíveis veículos para transmissão de patógenos, indicando-se a assepsia das mãos antes e após o uso dos aparelhos eletrônicos e também o uso de películas de revestimento com atividade antimicrobiana. A recomendação de álcool e outras substâncias químicas, apesar de comprovada eficácia, deve ser avaliada com cautela e deve-se seguir as recomendações dos fabricantes dos aparelhos eletrônicos.