RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar a espécie madeireira Hevea brasiliensis (seringueira) visando o uso para a fabricação de celulose e papel. Foram cortadas três árvores do clone Pb 235. Obteve-se discos das posições 0, 25, 50, 75 e 100% da altura comercial. Foi realizada análise química, física e anatômica da madeira. A espécie apresentou valores médios de holocelulose de 80,83%, compatível com a madeira de Eucalipto tradicionalmente empregada na produção de celulose e papel. Em relação aos valores obtidos de dimensão média das fibras (comprimento, largura, diâmetro do lume e espessura da parede), estes foram próximos aos encontrados na literatura. Com relação ao Índice de Runkel, foi possível classificar a fibra de Hevea brasiliensis como boa para fabricação de papel, mas com relação à Fração Parede, a fibra se encontra acima do limite. Já para coeficiente de flexibilidade, o mesmo encontra-se abaixo do recomendado e o índice de enfeltramento encontra-se na faixa ideal. A densidade básica média obtida foi de 0,541 g/cm³, valor próximo ao encontrado na literatura, o que possibilitou a sua classificação como madeira de média densidade. Após análise dos resultados foi possível considerar a madeira de Hevea brasiliensis como uma espécie promissora para fabricação de celulose e papel. PALAVRAS-CHAVE: Componentes químicos e anatômicos; Polpa celulósica; Polpação.