Qualidade Da Madeira De Hevea Brasiliensis Visando a Produção De Celulose E Papel

Abstract

RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar a espécie madeireira Hevea brasiliensis (seringueira) visando o uso para a fabricação de celulose e papel. Foram cortadas três árvores do clone Pb 235. Obteve-se discos das posições 0, 25, 50, 75 e 100% da altura comercial. Foi realizada análise química, física e anatômica da madeira. A espécie apresentou valores médios de holocelulose de 80,83%, compatível com a madeira de Eucalipto tradicionalmente empregada na produção de celulose e papel. Em relação aos valores obtidos de dimensão média das fibras (comprimento, largura, diâmetro do lume e espessura da parede), estes foram próximos aos encontrados na literatura. Com relação ao Índice de Runkel, foi possível classificar a fibra de Hevea brasiliensis como boa para fabricação de papel, mas com relação à Fração Parede, a fibra se encontra acima do limite. Já para coeficiente de flexibilidade, o mesmo encontra-se abaixo do recomendado e o índice de enfeltramento encontra-se na faixa ideal. A densidade básica média obtida foi de 0,541 g/cm³, valor próximo ao encontrado na literatura, o que possibilitou a sua classificação como madeira de média densidade. Após análise dos resultados foi possível considerar a madeira de Hevea brasiliensis como uma espécie promissora para fabricação de celulose e papel. PALAVRAS-CHAVE: Componentes químicos e anatômicos; Polpa celulósica; Polpação.

Physical and anatomical properties of Hevea brasiliensis clones

“…However, for fiber length and fiber wall thickness, similar values were obtained by Ramos et al (2018). In contrast, longer fibers with thicker walls were found in 20-year-old Hevea brasiliensis studied by Faria et al (2019b) who reported that the rubber tree has potential for use in cellulose and paper production. However, wall fraction index was high, and flexibility coefficient was low which could drastically interfere in cellulose and paper production.…”

Desempenho de painéis de madeira laminada colada cruzada constituídos com eucalipto, seringueira e bambu

“…De acordo com a classificação de Coradin et al (2010) e Silveira et al (2013), as madeiras utilizadas nesta pesquisa são consideradas de média densidade, pois apresentam valores médios para densidade básica entre 0,50 g.cm-³ e 0,72 g.cm -³. Para a madeira de seringueira foi obtido teor médio de extrativos de 5,25%, inferior ao valor obtido por Riyaphan et al (2015), que analisaram a mesma espécie, oriunda da Malásia com 13 anos de idade, em duas posições do fuste e obtiveram valor médio de 9,75% de extrativos totais. Faria et al (2019a) fizeram um estudo com a mesma espécie, proveniente da região Sul do estado de MG (Brasil), com 20 anos de idade e obtiveram valor inferior ao obtido na presente pesquisa para o teor de extrativos (3,17%).…”

“…Conforme a Tabela 1, observa-se que não houve diferença estatística entre os tratamentos para a densidade básica. O valor médio obtido para densidade básica do Dendrocalamus giganteus encontra-se na faixa citada porLima et al (2017) e foi similar ao valor encontrado porRosa et al (2016) correspondente a 0,60 g.cm -³ e inferior ao resultado obtido por Brito et al(2015) de 0,66 g.cm -³. Observa-se que não houve diferença estatística entre os tratamentos, uma vez que, todos os indivíduos comparados tinham a mesma idade, fator importante já que a densidade pode ser diretamente influenciada pela idade.O valor obtido para a madeira de seringueira oscilou entre os valores reportados na literatura Faria et al (2019a). fizeram o estudo da variação da densidade no sentido base-topo, para madeira da mesma espécie, com aproximadamente 20 anos de idade e encontraram valores entre 0,53 a 0,55 g.cm -3 eRiyaphan et al (2015), verificaram a densidade básica da mesma espécie com idade de 13 anos, e encontraram valor médio de 0,55 g.cm -3 .…”