A febre chikungunya é uma doença causada pelo vírus chikungunya (CHIKV). É um arbovírus pertencente ao gênero Alphavírus dentro da família Togaviridae que foi disseminado por várias regiões do globo, inclusive, bem recorrente no Brasil. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (2020), foram relatados cerca de 132.205 casos possíveis e 92 óbitos de Chikungunya até Janeiro de 2020 no Brasil. Esse vírus é transmitido por vetores artrópodes Aedes aegypti e Aedes albopictus. Dados epidemiológicos descrevem que a incidência dessa doença vem crescendo no Brasil, juntamente a outras arboviroses. As consequências da febre Chikungunya pode perdurar por mais de dois anos na pessoa infectada, causando doença crônica da poliartralgia. O CHIKV é um alfavírus envelopado, com RNA de fita simples de senso positivo, possuindo cerca de 60–70 nm de diâmetro, com proteínas estruturais e não estruturais, onde E2 e NSP3 promovem a interação e replicação, logo, são proteínas importantes para atuação do sistema imune. O baculovírus é um vírus que infecta células de inseto e proporciona níveis considerados de expressão de proteína heterólogas, por isso, é muito usado como biotecnologia. Dessa forma, este projeto teve como objetivo expressar proteínas do vírus CHIKV fusionadas a proteína poliedrina do baculovírus AcMNPV com intuito de obter antígenos específicos para análises futuras quanto a ativação da resposta imune. Dessa forma, foram criados oligonucleotídeos com esses epítopos virais fusionados a poliedrina do baculovírus AcMNPV para produzir e obter glicoproteínas recombinantes. A estratégia R1, repetições das regiões antigênicas (E2-E2-NSP3), foi expressa e purificada para futuras análises imunológicas. A estratégia R2 ainda não foi possível cloná-la. As estratégias estabelecidas podem ser um aporte para futuros estudos envolvendo vacina, já que não há um tratamento específico para febre chikungunya, e ainda, a produção de um kit diagnóstico rápido.