Estudos apontam derivados de óleos vegetais e animais como substitutos ao petrodiesel (PD). Porém, o uso destes como combustível requerem transformações ou estratégias para reduzir sua viscosidade. Sendo assim realizou-se experimento utilizando óleo de crambe (CR) pré-aquecido a 100 °C em motor ciclo Diesel (PD). Avaliou-se CR e PD, a cada 15h de funcionamento, em quatro regimes de absorção, até 100 h de trabalho. Os regimes foram, 1100 rpm sem carga, 1800 rpm sem carga, 1800 rpm com 51% e com 66% de potência nominal. Observou-se que o consumo de CR foi superior ao de PD, com diferença mais pronunciada nos regimes sob carga, observou-se perda de potência relativa maior no uso de CR quando da mudança de carga. Não houve diferença entre os dois combustíveis para a eficiência térmica. Para o fluído de arrefecimento e lubrificante, foram observadas temperaturas maiores para o CR, porém a temperatura dos gases de exaustão e a pressão do lubrificante foram maiores para o PD. Ao fim do ensaio, houve aumento das pressões de compressão e de abertura do injetor, e os elementos injetores apresentaram carbonização, de difícil remoção, desgaste e sinais de superaquecimento. Não houveram evidências de degradação do lubrificante.