ResumoPronunciar o nome de Chonino ativa, principalmente no âmbito do policiamento argentino, mas também fora dele, uma sucessão de imagens heróicas. Imagens que articulam noções de coragem, ousadia e, acima de tudo, lealdade: Chonino é um cão policial que morre defendendo seus companheiros do ataque dos delinquentes. Ele morre também executando uma ação que leva a aprisioná-los. A história de Chonino se transforma, ao longo do tempo, em uma espécie de façanha: uma narrativa projetada para performar discursos, experiências e apreciações institucionais. Tomando o caso como eixo de análise, este trabalho procura refletir sobre o como da construção de uma narrativa institucional. Que intervenções entram em jogo para fazer de uma situação específica um exemplo capaz de transcendê-la? Ou, o que é o mesmo que transforma um fato em uma narrativa?
Palavras-chaveNarrativa institucional. Polícia. Emoção.
AbstractTo say the name Chonino activates, especially in the Argentinian police scope, but also outside of it, a succession of heroic images. They're images that articulate notions of bravery, boldness and, above all, loyalty. Chonino is a police dog that dies defending his partners before the * Mariana Sirimarco é doutora em Antropologia pela Universidad de Buenos Aires (Argentina) e pesquisadora adjunta do CONICET. Realizou pesquisas etnográficas sobre a atividade policial, especializando-se em seus processos de formação. (Antropofagia, 2016).