Empreendedorismo Cultural: cultura como discurso, criação e consumo simbólico

Abstract

A pesquisa sobre empreendedorismo cultural é dispersa: diversas são as abordagens e conceitualizações sobre como a cultura afeta o empreendedorismo e de como o empreendedorismo afeta a cultura. O objetivo desta pesquisa é desenvolver um esquema conceitual que permita conciliar essas diferentes abordagens no intuito de se propor uma agenda integrada de pesquisa sobre o empreendedorismo cultural. Como resultado da pesquisa, três abordagens foram identificadas, formuladas e apresentadas: (a) a cultura como recurso retórico, (b) a cultura como processo de criação simbólica e (c) a cultura como consumo do produto simbólico. A integração dessas abordagens é proposta e discutida.

Educação empreendedora, experiência e John Dewey

“…O foco dado para um empreendimento cultural, partiu da importância da mobilização da cultura na região em que a universidade está enraizada. A vivência dos estudantes com a cultura pode ser discutida por meio do empreendedorismo cultural, como um contexto diferenciado dentro da temática do empreendedorismo (Sousa, Paiva & Xavier, 2015;Davel & Corá, 2016). O contato com empreendedores culturais e com o campo da cultura permitiu que os estudantes vivenciassem uma área pouco discutida entre eles na academia, inaugurando um novo olhar para os negócios culturais e para a economia criativa.…”

Aprendizagem No Empreendedorismo Cultural À Luz Do Paradigma Interpretativo: Um Ensaio Teórico.

“…É nesse sentido que a noção de empreendedorismo cultural têm sido utilizada, para referir-se à produção de bens simbólicos a partir de uma origem ou perspectiva cultural e econômica (BANKS, et. al., 2000;CORA, 2016;GUERRA, PAIVA JÚNIOR, 2016;JUDITE;FURTADO, 2014;) O empreendedorismo cultural representa uma subjetividade composta de três elementos: (1) os indivíduos criam novos produtos culturais como músicas e performances, (2), são orientados para agir em meio às oportunidades com o objetivo de criar suas identidades e histórias de vida social, e (3), são empreendedores pois precisam buscar modos inovadores de fazerem isso devido sua configuração no ambiente de negócios não permitir acesso substancial ao capital econômico (SCOTT, 2012). Diante disso, o empreendedorismo cultural é visto como processo de inovação, adaptação, integração do local para o global sem hierarquia entre os grupos (BANKS, et.…”

“…Apesar de não existir consenso na literatura sobre o conceito de empreendedorismo cultural, o conceito poderia se aproximar de concepções mais sociológicas baseados no "eu empreendedor", aquele indivíduo que acompanha os interesses artísticos na negociação com a necessidade de reproduzir a força do trabalho (SCOTT, 2012 Integração do discurso, criação e consumo simbólico. Davel e Cora (2016).…”

“…Aprendizagem. Empreendedorismo Cultural.Apesar dos estudos sobre empreendedorismo serem crescentes e muitos teóricos terem se concentrado, principalmente, no empreendedorismo como atividade econômica, outras abordagens têm surgido as quais destacam o valor das atividades sociais, artísticas e culturais (DAVEL; CORA, 2016;ELLMEIER, 2003). No Brasil, há uma escassez de análises sobre o setor cultural em suas diferentes dimensões (ANTONELLO; GODOY, 2011).…”

Buzinaços, cânticos e shows: O empreendedorismo cultural na tradicional Festa do Caminhoneiro de Itabaiana-Sergipe

“…A discussão sobre o tema tem acompanhado as mudanças sociais e econômicas do mundo contemporâneo, com destaque para o conhecimento, tecnologia, negócios, globalização, novos tipos de organização e network (Bjerke, 2007). Diante da proposta de sociedade empreendedora (Bjerke, 2007), o empreendedorismo se configurou globalmente como uma finalidade econômica (Davel & Corá, 2016) e puramente mercantil (Guerra & Paiva Júnior, 2011), tornando-se uma palavra de ordem para o desenvolvimento econômico de um país (Bjerke, 2007;Ländstrom & Harichi, 2018).…”