Enfermagem frente ao suicídio infanto-juvenil

Abstract

Objetivo: Discutir os aspectos relacionados ao suicídio infanto-juvenil. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com coleta de dados por meio de levantamento bibliográfico, os levantamentos de dados foram coletados nas bibliotecas virtuais LILACS, BVS e SCIELO, sendo inclusos artigos publicados nos últimos 10 anos de 2009 a 2019. Resultados: A partir da análise de conteúdo dos materiais coletados a fim de responder as questões de pesquisa, emergiram-se então as seguintes categorias: I) Fatores que levam a criança/adolescente ao suicídio; II) Ações que salvam vidas, que mostram a importância da família no reconhecimento dos fatores de risco e no tratamento da criança/adolescente que passa por ideação suicida ou que já tentou o suicídio, além de relatar meios de ajudar esse grupo e discutir o que leva o infanto-juvenil a cometer este ato. Considerações finais: O suicídio afeta tanto quem comete o ato quanto quem convive com o suicida.

Fatores de Risco Para Tentativas de Suicídio em Crianças e Adolescentes

“…No tocante ao sistema de saúde, é necessário trabalho conjunto, multidisciplinar e conhecimento da rede existente no território, para encaminhamentos e tratamento adequado. O profissional de enfermagem é fundamental durante o processo terapêutico, mostrando-se receptivo às demandas dessas famílias, sem colocar juízos de valor, mas sim acolher o sofrimento dessas famílias, crianças e adolescentes, permitindo que as famílias realizem a reconstrução dos significados de seus sofrimentos e conflitos 14 .…”

“…Assim, em relação à Enfermagem, esses profissionais devem ser qualificados e preparados para abordagem aos pacientes com sofrimento mental, para assim, adquirirem conhecimento da rede de apoio para que em conjunto às equipes de saúde, possam realizar encaminhamentos adequados 14 .…”

Manejo do comportamento suicida de crianças e adolescentes: percepção dos profissionais da saúde mental infantojuvenil de um CAPSi do Distrito Federal

“…Nesse sentido, é necessário que o profissional, ao conquistar a confiança do usuário, realize uma abordagem clara, afetiva e livre de julgamentos, analisando cuidadosamente seus pensamentos e comportamentos suicidas, bem como a intensidade, frequência e persistência desses comportamentos. Somente assim será possível auxiliá-lo de maneira efetiva e inseri-lo em uma rede de apoio adequada, encaminhando-o para o suporte psicossocial necessário 23 .…”

O desafio da saúde pública no contexto do suicídio indígena: uma revisão integrativa

“…Foi divulgado em agosto de 2006 as Diretrizes Brasileiras para um Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, com objetivo de prevenir condutas suicidas, por meio de ações como capacitação de profissionais para o atendimento do sujeito que atentou contra sua vida. As políticas públicas por meio de programas de prevenção podem ocorrer de muitas formas, como a campanha do Setembro Amarelo que alerta toda a sociedade para que saibam identificar um sujeito em crise, e o próprio indivíduo e a família para que saibam que existe meios de conseguir ajuda e apoio, pois o suicídio causa sentimentos negativos não só em quem tenta o ato, mas também nas pessoas que convivem com o suicida (MENEZES JG, et al, 2021).…”