“…Contudo, evidências apontam para a não implantação plena e eficaz, na maioria dos cursos de Farmácia, das antigas diretrizes curriculares, problemática que deve, igualmente, ser alvo de investigação tendo em vista as atuais diretrizes (CFF, 2019). A avaliação de cursos de Farmácia, ainda, deve considerar o fato de o mesmo compreender-se enquanto atividade de construção, identificação e evidenciação de significados, por sua vez intrinsecamente associados às concepções epistêmicas institucionais (influenciadas sobretudo pelas dinâmicas, complexidades, incertezas sociais, profissionais e de mercado), que deverão encontrar-se para além de perspectivas normativo-regulatórias de avaliação, indo ao encontro de processos de natureza formativo-emancipatória que devem, finalmente, voltar-se ao reconhecimento e identificação de oportunidades de melhoria, bem como gargalos e contradições relacionados aos serviços ofertados e processos realizados (Francisco et al, 2015;Ömürgönülsen et al, 2020). Dentre estas estratégias voltadas à melhoria dos processos, o Modelo Kano de Qualidade Atrativa e Obrigatória (Kano et al, 1984) compreende o emprego estratégico da Voz do Cliente Interno, permitindo que sejam abordados indicadores/aspectos que nortearão 3/11 Cuidados em saúde na formação farmacêutica: Qualidade percebida pelos egressos (futuras) discussões envolvendo o planejamento de ações voltadas à superação de eventuais contradições e ou preenchimento de lacunas outrora não percebidas (Mcdowall, 2016).…”