Esse artigo analisa as relações de historicidade e expressividade cultural do mito do encantado Ataíde e do seu papel na conservação da biodiversidade em comunidades tradicionais de pescadores do município de Bragança, estado do Pará, e, também, os conhecimentos ecológicos tradicionais e seus nexos com a paisagem. Nessa intenção, usa-se como fundamento teórico e metodológico para o constructo epistemológico a fenomenologia sociológica de Alfred Schutz, que busca o significado subjetivo da conduta social; em adição, busca-se compreender a realidade socioambiental da experiência vivida dos sujeitos dessas comunidades na multidimensionalidade da realidade.