Ensino Inclusivo de Pensamento Computacional: um Relato de Experiência

Abstract

O objetivo deste trabalho é apresentar experiências adquiridas no projeto Computação para Todos, que busca ensinar fundamentos do Pensamento Computacional (PC) a crianças do ensino fundamental, de forma inclusiva. Uma metodologia inicial foi testada e adaptada, para que alunos com necessidades especiais recebessem o mesmo conteúdo que alunos sem estas necessidades. As aulas mostraram conteúdos de Computação Desplugada, programação com blocos e Python. Resultados preliminares mostraram que a abordagem usada em programação com blocos não foi crucial para aprender Python, e que, além de habilidades de PC, habilidades como concentração, memória e organização também foram estimuladas e aprimoradas, inclusive nos alunos com necessidades especiais. A fase atual do projeto consiste na elaboração de um curso, para professores e profissionais da educação, de formação continuada em PC, baseando-se nas experiências vivenciadas durante a criação e teste da metodologia inclusiva inicial.

MOOC para formação continuada de professores da Educação Básica em pensamento computacional

“…Eles descreveram os perfis como: Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), Transtorno do Espectro Autismo (TEA), Deficiência Intelectual (DI), Deficiência Múltipla (DMU), Surdez ou baixa audição, Cegueira ou baixa visão, Síndrome de Down, Síndrome de Angelman, Deficiências Físicas, Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) ou Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD). Esse mapeamento foi importante uma vez que o trabalho de (Silva et al, 2019) apontou que as atividades de desenvolvimento do PC com abordagem desplugada auxiliaram os alunos em outras capacidades como: concentração, memória e organização e para discutirmos possíveis adaptações que se fazem necessárias aos docentes que atuam com alunos da Educação Especial.…”

Um relato de experiência com Computação Desplugada na formação de professores

“…Tal parecer do CNE também estabelece atividades plugadas, ou seja, que exigem o uso do computador e da internet. Por exemplo, o ambiente Scratch e a plataforma Code.org que demonstram serem uma ação para o ensino da lógica de programação a partir de atividades lúdicas para a resolução de problemas [SILVA;SOUZA;MORAIS, 2016;BRASIL, 2022].…”

Scratch: Utilizando Programação por Blocos com Alunos com Deficiência Intelectual e Transtorno do Espectro Autista

“…Rodrigues (2022) enfatiza que "criar método que una a criatividade com a ousadia dos blocos de comando do Scratch com a praticidade e a viabilidade da Computação Desplugada, se mostrou de extrema importância para desenvolver aprendizagens". Corroborando com esse pensamento, Silva et al (2019) pontuam que a programação por blocos é uma ótima maneira de estimular habilidades de pensamento computacional em alunos em geral, pois sua abordagem lúdica e descomplicada atrai boa parte dos alunos do ensino fundamental que tem contato com informática.…”