“…No entanto, é somente no momento da interação em si que o processo de ensinoaprendizagem pode se dar de fato: "[...] é no campo das interações, no espaço relacional que se O que há de diferente, então, nos enunciados e gêneros didáticos? A nosso ver, em diálogo comCorsino (2015), é o peso da orientação ao interlocutor nesses enunciados que os singularizam: tais enunciados se destacam ao terem a interação dialógica professoraprendiz em seu cerne, de modo que autor e interlocutor quase que coconstroem o enunciado tendo em vista um objetivo discursivo em comum: "mudar o estado de conhecimentos do outro" 77(MOIRAND, 1993, p. 13).É nesse sentido que compreendemos o apontamento de Ehlich com relação ao reconhecimento e a dependência mútuos entre as duas partes no discurso de ensinoaprendizagem. Inclusive, o próprio termo "ensino-aprendizagem" já representa a via de mão dupla em que consiste esse processo.…”