A inserção das crianças de 6 anos no ensino fundamental tem provocado indagações tanto para a educação infantil quanto para o ensino fundamental, especialmente no que tange às políticas e práticas pedagógicas e sua adequação à faixa etária das crianças. O objetivo deste texto é analisar e discutir questões que atravessam essas etapas a partir de pesquisa desenvolvida em creches, escolas de educação infantil e escolas de ensino fundamental. Pesquisar as práticas com crianças na educação infantil permitiu problematizar o trabalho com as crianças de 6 anos no ensino fundamental. Mais do que conceber as duas etapas de modo dicotômico, trata-se - na ótica deste texto - de pensar, para além, transições e desafios na organização dos sistemas de ensino e em termos de políticas e gestão pública, de propostas curriculares e de formação de professores e de todos os profissionais envolvidos neste trabalho. Com este objetivo, o primeiro item analisa as políticas da educação básica no contexto da expansão da obrigatoriedade e os desafios para trabalhar com as crianças de 6 anos. O segundo apresenta e problematiza a pesquisa no que diz respeito às práticas de leitura e escrita observadas. O terceiro sugere prioridades para o trabalho com a leitura e a escrita na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, a formação e as transições.
Este ensaio tem como finalidade trazer reflexões para se pensar a didática, entendida como ato responsivo, conceito cunhado por Mikhail Bakhtin que implica no agir como uma resposta responsável dada pelo sujeito que o coloca frente à alteridade. Inicialmente discute conceitos presentes no título. Afirma que é na relação com o outro que o eu se constitui. A didática é uma resposta responsável e não indiferente aos sujeitos a quem o ensino se dirige. Nesta perspectiva, são apresentados princípios para a didática O referencial teórico que sustenta os argumentos do texto inclui os estudos de Bakhtin, Arendt, Benjamin, Charlot, Vigotski, entre outros.
Este texto tem como objetivo analisar parte dos resultados de um processo de avaliação de contexto, que focalizou práticas educativas de oralidade, leitura e escrita, em uma escola de educação infantil da rede pública municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro. Para desenvolver a avaliação de contexto na instituição, foi elaborado um instrumento, e desenvolvida a metodologia própria desta avaliação com base na perspetiva de Bondioli e Savio (2013, 2015). Após percorrer todas as fases da avaliação de contexto, os resultados evidenciaram, pelo envolvimento da equipe e compromisso coletivo de busca da melhoria educativa da instituição, a potência formativa da proposta avaliativa.
Este artigo tem como objetivo tecer considerações a respeito da literatura digital infantil, suas características, recursos e funcionalidades, a partir da análise do aplicativo Crianceiras. O texto está organizado em três partes: primeiro apresenta questões referentes à literatura digital infantil, em seguida apresenta e analisa o aplicativo literário a partir dos critérios de qualidade elencados por Correro e Real (2018), por fim, conclui que esses aplicativos, por apresentarem potencial de provocar outras sensibilidades e reflexões, inserem os leitores no espaço lúdico-simbólico da literatura.Palavras-chave: Literatura infantil digital; Aplicativo literário; Qualidade; Manoel de Barros; Crianceiras.
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