O objetivo do artigo é analisar como o humor enquanto estratégia discursiva em charges é capaz de revelar as práticas do Sindicato dos Bancários de São Paulo. O trabalho se torna relevante a partir da possibilidade de evidenciar práticas de resistência, transgressão ou contradição em organizações por meio de charges veiculadas em seus canais oficiais de comunicação. Adotamos a metodologia qualitativa e analisamos, com base na analítica de poder foucaultiana, cinco charges publicadas no jornal sindical Folha Bancária, além de nove reportagens e documentos públicos disponíveis no sítio do sindicato e da Fundação Projeto Travessia. Os resultados sugerem contradições nas práticas do sindicato, revelando incoerências em parcerias com bancos privados, estratégias de sindicalização que enfraquecem as lutas coletivas e a ausência de resultados expressivos em seus canais de denúncias contra o assédio moral.