2019
DOI: 10.5380/cra.v20i1.65030
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Entre Visagens e Casarões: Considerações sobre formas de vulnerabilidade a partir dos vigilantes do Centro Histórico de São Luís

Abstract: Este artigo parte da minha pesquisa de mestrado junto aos vigilantes de prédios públicos em São Luís, localizados no perímetro histórico da cidade. Visagens, espíritos ou assombrações, acompanham cotidianamente o trabalho dos vigilantes em casarões históricos, sendo identificados por suas diversas formas de manifestação – sons, cheiros, toques, ou aparições. Neste trabalho, proponho uma análise da relação de convivência entre pessoas, casas, e seres intangíveis, tendo como ponto de partida perspectivas de prot… Show more

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“…Os casarões se apresentam como lugares de "vigilância diferenciada" em que os sujeitos moldam táticas de trabalho a partir das manifestações que sentem -sons, aparições, cheiros ou toques são atribuídos a seres que habitam as antigas casas. Dessa maneira, em sua função de 'vigiar', os vigilantes estabelecem vínculos que excedem o propósito inicial -relações afetivas são construídas, percepções sobre o patrimônio ou sentimento de pertencimento são aguçados, interferências de animais ou natureza são percebidas e, além disso, concepções cristãs/filosóficas sobre tempo e espaço, vida e morte, corpo e espírito têm um deslocamento na vida pessoal dos sujeitos (Gonçalves 2019). Em suas passagens pelo Centro Histórico, os vigilantes adquirem o lugar de transportadores/acervo de narrativas através de falas e vivências que tendem a ser desmerecidas socialmente.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Os casarões se apresentam como lugares de "vigilância diferenciada" em que os sujeitos moldam táticas de trabalho a partir das manifestações que sentem -sons, aparições, cheiros ou toques são atribuídos a seres que habitam as antigas casas. Dessa maneira, em sua função de 'vigiar', os vigilantes estabelecem vínculos que excedem o propósito inicial -relações afetivas são construídas, percepções sobre o patrimônio ou sentimento de pertencimento são aguçados, interferências de animais ou natureza são percebidas e, além disso, concepções cristãs/filosóficas sobre tempo e espaço, vida e morte, corpo e espírito têm um deslocamento na vida pessoal dos sujeitos (Gonçalves 2019). Em suas passagens pelo Centro Histórico, os vigilantes adquirem o lugar de transportadores/acervo de narrativas através de falas e vivências que tendem a ser desmerecidas socialmente.…”
Section: Considerações Finaisunclassified