As variáveis que interferem no cuidado do idoso dizem respeito às normas, atitudes, valores e crenças; o que nesta pesquisa foi estudado por meio das representações sociais. Este artigo objetivou compreender as representações sociais (RS) acerca dos cuidados de idosos para pessoas idosas e membros de sua rede social. Derivou do segundo estudo da tese intitulada “O cuidado do idoso: representações e práticas sociais”, da primeira autora, de natureza empírica, por meio de pesquisa de campo, com delineamento descritivo, comparativo de corte transversal. Participaram do estudo 40 pessoas idosas e 40 membros da rede social dos respectivos idosos. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, associada a técnica de entrevista episódica. As entrevistas passaram por classificação hierárquica de texto (IRAMUTEQ), e os dados sócio demográficos por descrição estatística (SPSS). Referente ao objeto social “cuidar da pessoa idosa”, foram identificadas dimensões representacionais, quais sejam: “satisfação das necessidades básicas, sobrecarga, gastos financeiros versus obrigação e retribuição”. Houve primazia de aspectos pragmáticos em detrimento aos afetivos, isto é, majoritariamente a significação de cuidar da pessoa idosa estava permeada pela prática, o que sugere a necessidade do reforçamento de práticas de cuidado de cunho afetivo e não somente de cunho técnico.