2020
DOI: 10.1590/scielopreprints.1618
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Envelhecimento e dependência no Brasil: características sociodemográficas e assistenciais de idosos e cuidadores

Abstract: O artigo tem como objetivo identificar características sociodemográficas e assistenciais de idosos dependentes, cuidadores formais e familiares em municípios de diferentes regiões brasileiras. Realizou-se um estudo transversal com amostra de 175 pessoas, sendo 64 idosos, 27 cuidadores formais e 84 cuidadores familiares. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com questões específicas para cada grupo sobre a temática do cuidado e dependência. A maioria dos idosos era do sexo feminino, com idade igual ou … Show more

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“…Os membros responsáveis pelo cuidado da pessoa idosa foram predominantemente cuidadores informais, casados, membros familiares, com o vínculo de cônjuge ou filho, majoritariamente mulheres. Esses resultados corroboram com a pesquisa de Ceccon et al (2021), Lacerda et al (2019), Longacre et al (2017) e Sousa et al (2021) que citam a predominância ou prevalência das mulheres como cuidadoras informais. Sousa et al (2021) descrevem ainda que os homens não são os primeiros a assumir os cuidados, mas sim, o fazem como uma última alternativa.…”
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“…Os membros responsáveis pelo cuidado da pessoa idosa foram predominantemente cuidadores informais, casados, membros familiares, com o vínculo de cônjuge ou filho, majoritariamente mulheres. Esses resultados corroboram com a pesquisa de Ceccon et al (2021), Lacerda et al (2019), Longacre et al (2017) e Sousa et al (2021) que citam a predominância ou prevalência das mulheres como cuidadoras informais. Sousa et al (2021) descrevem ainda que os homens não são os primeiros a assumir os cuidados, mas sim, o fazem como uma última alternativa.…”
Section: Discussionunclassified
“…É possível que esse resultado tenha suas origens relacionadas aos valores sociais disseminados, o que naturaliza a mulher como cuidadora, tornando a representação mais prática. A representação feminina do cuidar foi igualmente destacada em estudo de Ceccon et al (2021) no qual a mulher é também referência de cuidado e assistência no âmbito privado, algo culturalmente propagado por relações de poder assimétricas de gênero. Além disso, como destacam Silva e Menandro (2014) às mulheres foram tradicionalmente designados e naturalizados como feminino o cuidado com a saúde da família, enquanto os homens deveriam abdicar dos cuidados com a saúde para dar enfoque ao trabalho e sustento financeiro, construindo padrões de gênero que acompanham também a fase adulta e idosa, influenciando diretamente na forma de cuidar ou de receber cuidados relacionados à saúde.…”
Section: Discussionunclassified
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“…Quando o adulto mais velho, dependente, não consegue realizar as ações básicas do dia a dia, são familiares, amigos, vizinhos ou outras pessoas não renumeradas pelos cuidados que prestam que assumem o papel de cuidador informal (Alves, 2018). As condições em que vive este grupo indica precariedade da função de cuidar, marcada por desigualdades, sobrecargas, adoecimentos e múltiplos problemas (Ceccon et al, 2021). Neste contexto, o despreparo para o cuidado, as dificuldades financeiras, o cerceamento da liberdade e os problemas de saúde física e mental são especificidades presentes na vida do cuidador de adultos mais velhos dependentes (Sousa et al, 2021).…”
Section: Introductionunclassified
“…Junto ao aumento dos custos em saúde, outro fator a ser considerado com o aumento da idade média é a perda de autonomia e o aumento da dependência, que consiste na incapacidade de realizar atividades básicas e instrumentais da vida diária, necessitando assim de auxílio para a organização e gerência de suas vidas (CECCON RF, et al, 2021). O Brasil, segundo o IBGE, atualmente conta com 13,6% da sua população idosa com algum grau de dependência em decorrência de doenças demenciais ou que comprometam habilidades de natureza motora, visual e auditiva, por exemplo (MENDONÇA JBM, et al Neste cenário surgem as Clínicas de Retaguarda e as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) que atuam na prestação de serviços de cuidados pós-agudos, com foco em pacientes que necessitam de uma rede de assistência para continuidade dos cuidados.…”
Section: Introductionunclassified