Epicurus and aesthetic disinterestedness

Abstract

O desinteresse estético é um dos conceitos centrais da estética, e Jerome Stolnitz, o mais proeminente teórico do desinteresse no século XX, afirmou que (i) o envolvimento dos pensadores antigos com esta noção era superficial e pouco desenvolvido e, consequentemente, (ii) a emergência do desinteresse no século XVIII marca o nascimento da estética como disciplina. Neste artigo, pretendo usar os trabalhos existentes de Epicuro para mostrar que o filósofo antigo não apenas tinha conceitos similares, como também os usava de maneiras cuidadosas e complexas. Eu argumento que, no enquadramento teórico de Epicuro, as artes pertenciam a categoria dos desejos "meramente naturais", e esta classificação, combinada com aquilo que sabemos da rejeição de Epicuro da crítica da arte, mostra que ele tinha desenvolvido cuidadosamente razões que fundamentavam a ideia de que a arte deveria ser abordada terminalmente, ao invés de instrumentalmente. Por fim, eu comparo a noção de desinteresse estético com as visões de Epicuro acerca da arte e argumento que de muitas maneiras a última não é inferior a primeira, e que, portanto, deve pertencer a história da estética.

The Effects of Aesthetic Hedonism in Painting Restoration in the 19th Century

“…The claim that Epicurus had made a distinct contribution to aesthetics might be a little surprising, because a number of sources report his critical views of certain approaches to art. (Celkyte, 2017). Epicurus presented guidelines for aesthetic based on hedonism or aesthetic appeal and in this respect introduced his aim enjoyability of secular desires such as visual and audible items.…”