Introdução: É crescente o uso de dispositivos eletrônicos para fumar entre jovens. Objetivo: Descrever a relação entre o uso de cigarro eletrônico e a saúde mental, mais especificamente voltado para o Transtorno de Ansiedade Generalizada, de estudantes de medicina. Método: Coletado o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Parecer CEP: Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP, CAAE: 69249523.8.0000.5498. Número do Parecer: 6.187.957. Estudo observacional com amostra de 122 estudantes de Medicina, na faixa etária de 18 a 50 anos. Analisaram-se, principalmente, a saúde mental e a dependência nicotínica de usuários de cigarro eletrônico, através de coleta de dados por meio de um questionário com 28 questões, baseadas na Escala de Ansiedade de Hamilton e no Teste de Fargeström. Realizando-se análise descritiva. Foi feita, também, regressão logística, tendo como variável dependente o uso de cigarro eletrônico e como variáveis independentes: o sexo, a presença de diagnóstico psiquiátrico prévio e a presença de sintomas de ansiedade. Resultados: Dos 122 estudantes que responderam ao questionário, 66,39% são mulheres e 73,33% já tiveram algum diagnóstico psiquiátrico. Além disso, 31,96% da amostra total são fumantes. Destes, 44,26% utilizam cigarro eletrônico. Após a regressão logística, encontramos que ter diagnóstico psiquiátrico prévio aumenta a chance de fazer uso de cigarro eletrônico (odds ratio ajustado = 3,29; intervalo de confiança de 95%: 1,17 – 9,23). Conclusão: O uso de cigarros eletrônicos entre os estudantes de medicina está associado a níveis de ansiedade, destacando os usuários com diagnóstico prévio psiquiátrico, o que aumenta a chance de seu uso, necessitando de prevenção e cessação, para melhor saúde do aluno.