O objetivo foi avaliar o impacto da implementação do serviço de residência em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial em um hospital público em Campina Grande–PB, Brasil. Foram analisados 516 prontuários de pacientes operados no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes (HETDLGF), no período de março de 2017 a fevereiro de 2018 (período sem o serviço de residência) e março de 2018 a fevereiro de 2019 (1º ano do serviço de residência). Os resultados foram compilados em um banco de dados organizado em planilhas do Microsoft Excel® e posteriormente analisados no software SPSS® for Windows 25.0. Dentre os 516 pacientes, 236 foram operados no ano antes da residência (média de 19,6 cirurgias mensais) e 280 pacientes foram operados no ano da residência (média de 23,3 cirurgias por mês). Observa-se um acréscimo de 44 cirurgias, equivalendo a mais de dois meses de cirurgias a mais em relação ao ano antecessor à implementação da residência. O tempo médio de espera pelo paciente para a cirurgia diminuiu em 2,5 dias e o tempo médio de internação hospitalar em 2,6 dias. O hospital obteve uma economia média de R$ 1.102,58 por internação, em comparação aos anos anteriores. Da amostra total, 416 (80,6%) eram do sexo masculino e 100 (19,4%) eram do sexo feminino. Conclui-se que a implementação de um serviço de residência em um hospital público promove um impacto positivo, reduzindo o tempo de espera do paciente pelo tratamento cirúrgico, o tempo de internação hospitalar e consequentemente, os custos financeiros ao hospital.