A fauna epígea atua diretamente na ciclagem biogeoquímica, através da fragmentação da serapilheira. O objetivo deste estudo é associar o processo de fragmentação do folhedo de três diferentes espécimes de Paubrasilia echinata Lam (tratamentos PB1, PB2 e PB3) com os principais componentes da fauna epígea, em diferentes áreas do Jardim Botânico da Universidade Rural Federal do Rio de Janeiro em Seropédica, RJ. A técnica dos litterbags foi utilizada para avaliar a fragmentação do folhedo e as armadilhas pitfall para avaliar a fauna epígea. Para cada tratamento, utilizaram-se 21 litterbags, sendo recolhidos três destes em um período quinzenal de 210 dias e, cinco pitfalls por tratamento, coletados no período seco, período de transição e período chuvoso do ano 2016. Para todos os espécimes, a taxa de decomposição foi mais significativa nos primeiros dias de avaliação. O tratamento PB3 tem o maior tempo de meia-vida, com 338 dias. O grupo taxonômico Formicidae é o mais representativo em todos os tratamentos, tanto no período seco como no período de transição; no período chuvoso, Poduromorpha é o que apresenta a melhor abundância em todos os tratamentos. Estes resultados indicam que a frequência relativa dos organismos da fauna epígea é diretamente influenciada pelas condições climáticas.