Religion and spirituality are increasingly associated with mental health, yet spirit-related practices, beliefs and experiences (SPBEs) are regarded with more suspicion. This suspicion is misplaced, and worryingly so, since, I argue, it shuts down a potentially therapeutic avenue in relation to anomalous experiences such as hearing voices and sensing the presence of the dead. A presupposition of this argument is that anomalous experiences are not inherently pathological but can become so as a result of the way they are interpreted and reacted to. While this claim is not new in itself, I will provide a philosophical foundation for it by defending a 'contextualist' view of pathology in the context of anomalous experiences against 'inherentist' alternatives, according to which some or all instances of anomalous experiences are inherently pathological.Keywords: religion, spirituality, auditory hallucinations, psychosis, pathology, mediumship, schizophrenia, hearing voices, mediumship, spirit possession, healing rituals.
RESUMOA religião e a espiritualidade são cada vez mais associadas a ganhos em saúde mental. No entanto, práticas, crenças e experiências espirituais são vistas com suspeita. Esta suspeita é preocupantemente errônea visto que ela interrompe uma via potencialmente terapêutica com relação a experiências anômalas, como ouvir vozes e sentir a presença dos mortos. Uma pressuposição do meu argumento é que experiências anômalas não são inerentemente patológicas mas podem tornar-se patológicas como resultado do modo como são interpretadas e como se reage a elas. Apesar de essa reivindicação não ser inovadora em si, forneço uma fundação filosófica para ela ao defender uma visão "contextualista" da patologia no contexto de experiências anômalas contra alternativas "inerentistas" de acordo com as quais há instâncias de experiências anômalas que são inerentemente patológicas.