Este ensaio, sob a forma de uma pensata, tem como objetivo central discutir a epistemologia como metalinguagem acompanhada da visão em paralaxe, tendo como objeto de análise, a cientificidade do pensamento administrativo nos modelos Taylorista, Fordista e Toyotista que, no posicionamento de seus apologistas, concebem a Administração como a "ciência das ciências". Dentre as discussões no campo da epistemologia, uma das mais relevantes diz respeito ao racionalismo crítico que, tal qual, o neopositivismo lógico, concebem a ciência como uma atividade humana particular e passível de diferenciação em relação aos demais ramos do conhecimento. A premissa central a ser discutida diz respeito ao suposto suporte cientifico que faz com que os processos empregados nos modelos gerenciais sejam concebidos acriticamente, ao omitir a ideologia e os interesses de dominação implícitos, o que passou a legitimar práticas declaradamente desumanizadoras, justificadas por meio de termos retóricos persuasivos e cativantes. As reflexões decorrentes dos fatores evidenciados nesse estudo conduzem a conceber a não cientificidade da administração, mormente ao se referir às estratégias no "chão de fábrica", empregadas como technë e empeiria ilustradas na "Experiência Schmidt" do Taylorismo e no "Lean Manufacturing do Toyotismo". Palavras-chave: Epistemologia como Metalinguagem. Paralaxe. Modelo administrativo.