Objetivo: compreender a assistência de enfermagem às mulheres privadas de liberdade na literatura científica. Método: revisão integrativa da literatura, abordando a assistência de enfermagem às mulheres privadas de liberdade nos últimos cinco anos (2018-2023). A pesquisa utilizou a estratégia PICo para a pergunta e seguiu as recomendações PRISMA para busca e seleção do material, analisando os dados por meio do método de Análise de Conteúdo. Resultados: baseados em 12 artigos selecionados, estão divididos em quatro categorias: a) relação entre mulheres encarceradas e vulnerabilidade social; b) saúde mental dessas mulheres; c) falta de acolhimento e ações em saúde adequadas nas prisões; d) a importância da assistência de enfermagem no sistema prisional feminino. Discussão: destaca-se que a condição carcerária intensifica problemas de saúde, enquanto baixa escolaridade e status socioeconômico ampliam a vulnerabilidade. O acesso limitado aos serviços de saúde agrava a situação, e a alta prevalência de depressão entre as detentas, relacionada a condições precárias e discriminação, ressalta a urgência de políticas sensíveis ao gênero. Considerações finais: a assistência de enfermagem é crucial, enfrentando obstáculos estruturais e falta de recursos. A saúde mental das mulheres encarceradas exige uma abordagem holística, transcendo as barreiras sociais e estruturais do sistema prisional. O papel dos enfermeiros na humanização das prisões destaca a necessidade de revisões legais, investimentos e capacitação para construir um sistema mais humano e orientado para a saúde, facilitando a reintegração social efetiva.