Ergonomia na central de material e esterilização

Abstract

A Central de Material e Esterilização (CME), destaca-se como setor complexo do hospital para os profissionais exercerem suas funções, apresentando riscos químicos, físicos, mecânicos, biológicos e ergonômicos. Os riscos ergonômicos estão associados à organização do trabalho, mobiliário, equipamentos, levantamento e transporte manual de peso, jornada dupla de trabalho, relações conflituosas, monotonia ou ritmos intensos no serviço. Objetivo: analisar as produções científicas sobre riscos ergonômicos na CME. Metodologia: revisão integrativa da literatura de acordo com a estratégia (PICo) e procedimentos metodológicos definidos pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Busca bibliográfica realizada no período de abril a maio de 2021, sem definição de tempo, nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram selecionados 9 estudos para análise Bases de dados: Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE)/PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Base de Dados em Enfermagem (BDEnf) da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Resultados: A CME oferece muitos riscos para seus trabalhadores: ambientes de trabalho inadequados, falta de insumos e equipamentos; esforço físico, postura inadequada, levantamento e transporte manual de peso, trabalho diuturno, repetitividade. Outros riscos pontuados: jornada de trabalho dupla, turnos de trabalho exaustivos, movimentos repetitivos, esforço físico, postura errada, mobiliário inadequado. Conclusão: A prática ergonômica, na CME minimizaria riscos mediante mobiliário adequado, pausa para descanso, melhor distribuição do pessoal, gestores com conhecimento de ergonomia e educação continuada preparando os funcionários, orientando-os para o tema da ergonomia, direitos e responsabilidades.

Análise Dos Riscos Laborais Em Órgão Público De Saúde De Fortaleza-Ce

“…Na saúde não é diferente. Esses profissionais, no desenvolvimento da função, estão sujeitos a riscos biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e mecânicos (acidentes) 15,16 . Os profissionais identificaram todos esses riscos em seus ambientes de trabalho.…”

Problemas ergonômicos associados a profissionais de enfermagem

“…No Brasil, a Ergonomia é regida pela Norma Regulamentadora (NR) nº 17 da Portaria 3.214/78, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. (SILVA et al, 2021) É fundamental que o ambiente de trabalho como cita Leal (2021) ofereça boas condições de trabalho e motivação aos colaboradores, por isso é de suma importância conhecer o perfil social de cada um e buscar ao máximo um ambiente que vise atender suas necessidades, pois na existência de um ambiente que apresentam características de muito barulho, sem a organização necessária, insalubridade, insegurança profissional ou local físico onde cause a irritabilidade entre colegas de profissão, isto acomete a um desgaste emocional e físico muito grande levando ao profissional não executar sua atividade laboral com excelência. Brito et al (2017) citam que "A saúde do trabalhador também depende das suas posturas adotadas durante o desempenho de suas atividades laborais.…”

“…(BRITO et al, 2017) Quevedo et al ( 2019) acrescenta que devido à equipe do centro cirúrgico permanecer por horas em uma única posição, com jornadas de trabalho significantemente exaustivas e fica vigente que por este motivo os profissionais não procuram ajuda médica, podendo agravar mais ainda os problemas ergonômicos e por se tratar de anos em uma mesma profissão e realizando as mesmas atividades esses fatores desencadeiam uma dor crônica sendo necessário o uso de medicamentos para controle. Silva et al (2021) completa que a área que gera maior problema ergonômico dentre as áreas de enfermagem são o CME, pois os enfermeiros que trabalham neste ambiente reclamam que não conseguem realizar o trabalho da forma correta sem se lesionar onde acomete 95% a riscos biológicos pelo risco de infecção, 93% de riscos físicos e ergonômicos por ruídos fortes e peso pelo transporte de caixas pesadas, 85% por temperatura elevada e 65% de riscos químicos por aerossóis e gases.…”

“…Esses foram exemplos dos riscos relacionados a esses profissionais executando tais tarefas. (SILVA et al 2021) Para Pedrosa et al (2016) a melhor forma de se promover a saúde e evitar riscos ergonômicos é partir da aplicabilidade da NR-32 (Norma Regulamentadora) onde é necessário a disponibilidade dentro das empresas de ter um lugar para realizar a ginástica laboral, que apresente resultados positivos tanto no aumento da produtividade como na organização de trabalho e motivação profissional, melhorando a consciência corporal durante as atividades laborais, a aquisição de equipamentos que ajudem os P a g e | 178 Scire Salutis v.12 -n.2  Fev a Abr 2022 profissionais a realizarem o trabalho mais facilmente e promover a ergonomia e instrução de posições corretas para a realização de atividades cotidianas e laborais.…”