O consumo de balas ácidas está associado à etiologia da erosão dental. Esta pesquisa objetivou avaliar o potencial erosivo de pastilhas e balas duras “zero açúcar” disponíveis comercialmente. Foram analisadas as balas: Halls® mini (extraforte, melancia, mentol e cereja) e as pastilhas Melagrião® (limão) e Valda® friends (mentol). Constituíram-se 2 grupos: balas e pastilhas dissolvidas em água duplamente deionizada (G-1) e balas e pastilhas dissolvidas em saliva artificial (G-2). O pH foi mensurado utilizando-se um potenciômetro e eletrodo combinado de vidro previamente calibrado com soluções padrão pH 7,0 e pH 4,0, antes de cada leitura. Para a verificação da acidez titulável, foram adicionadas alíquotas de 100 μL NaOH 0,1M, sob agitação constante até alcançar pH 7,0. Os resultados foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) e as comparações das médias realizadas pelo teste Tukey, em um nível de 5% de significância (p<0,05). As balas e pastilhas dissolvidas em água (G-1) apresentaram valores de pH inferiores a 5,5, com exceção do sabor mentol Valda® (pH= 6,1), que diferiu significantemente dos demais. Após diluição em saliva artificial (G-2) todos os sabores apresentaram valores de pH superiores a 5,5. Na comparação entre os grupos (G-1 e G-2), observou-se elevação significativa do pH no grupo G-2. Observou-se redução significativa da acidez titulável após diluição na saliva artificial (G-2). Conclui-se que a maioria das balas e pastilhas analisadas são ácidas, mas diferem quanto ao seu potencial erosivo. A saliva artificial atuou elevando o pH e reduzindo a acidez titulável.