O objetivo do presente artigo foi produzir evidências de validade para uma medida de homofobia. Para isso, foram desenvolvidos processos de adaptação de itens de uma escala de homofobia sutil e manifesta e um survey online com 985 indivíduos brasileiros, maiores de 18 anos e como média de idade de 26,01 anos (DP = 7,52). Além desse instrumento, foi aplicado um questionário sócioidentitário, uma escala de preconceito contra diversidade sexual e de gênero e uma escala de homofobia internalizada. Com a amostra selecionada foram executadas uma Análise Fatorial Exploratória e uma Análise Fatorial Confirmatória, além de medidas para identificar evidências de validade de critério, convergente e concorrente. Os resultados apontaram para a possibilidade de existência de dois modelos na Escala de Atitudes frente à Homossexualidade (ATHO), um com dois fatores, Atitudes Distais (α = 0,855) e Atitudes Proximais (α = 0,819), e outro com fator único (α = 0,881), os dois com ajustes satisfatórios. A correlação com outra medida de preconceito contra diversidade sexual foi significativa, positiva e com elevada magnitude (r = 0,851). Homens, moradores de cidades pequenas ou médias, pessoas que estudaram até o Ensino Médio e indivíduos heterossexuais apresentaram significativamente maiores pontuações na ATHO do que os grupos pares. Esses resultados atestam que há indícios de validade na escala, indicativos de boas propriedades psicométricas e que ela pode ser utilizada para investigação da homofobia.
Palavras-chave: Homofobia; Homossexualidade; Preconceito; Escalas.