No período da globalização, é notável a relevância das tecnologias da informação como componentes essenciais das atividades produtivas, alterando significativamente as dinâmicas do espaço geográfico, da economia, da sociedade e da política. No Brasil, têm crescido especialmente os incentivos estatais à indústria de software, denotando a banalização de seu uso nas mais variadas esferas produtivas. Diante disso, procuramos compreender os mecanismos explicativos de aglomerações produtivas de software e TI e de sua distribuição no território brasileiro, a partir da elaboração de uma tipologia e da análise da topologia de tais aglomerados. Para isso, foi imprescindível analisar as atuais políticas públicas voltadas para o desenvolvimento de softwares. Investigamos, em especial, os objetivos e ações do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação, ou Programa TI Maior, desenvolvido no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como os nexos entre Estado, mercado e entidades representativas de classe, discutindo o circuito espacial produtivo de software e os círculos de cooperação estabelecidos. Consideramos que algumas dessas políticas apontam para a criação de incentivos à competitividade das empresas do setor de TI, bem como de outros setores que cada vez mais dependem da existência de fluxos informacionais intensos para o desenvolvimento de suas atividades, dada a relevância das novas tecnologias como bases geográficas da globalização e reafirmadoras do atual paradigma produtivo.Palavras-chave: indústria de software; políticas públicas; território nacional -Brasil.