RESUMO
Os íons metálicos ocorrem naturalmente nos solos, no entanto, atividades antropogênicas como a mineração e agricultura, têm contribuído para o aumento da sua concentração. Teores em áreas de mata nativa são considerados de referência para solos expostos à degradação, sendo necessária a determinação dos íons metálicos por classe de solo e região, uma vez que, solos de mesma origem geológica, mas de usos e classes diferentes, possuem concentrações distintas. Este estudo teve como objetivo determinar a concentração de íons metálicos pseudototais (USEPA 3051a) (Al, Cd, Cr, Cu, Fe, K, Mg, Mn, Ni, Pb, Zn), nas frações areia, silte, argila e Terra Fina Seca ao Ar (TFSA) de solos agricultáveis e de mata no entorno do Parque Nacional do Iguaçu - PR. A separação das frações seguiu a metodologia de Gee e Bauder (1986) e Lei de Stokes, com predomínio de solos de texturas argilosa e muito argilosa. De acordo com os usos, os teores de Al, Cr e K foram superiores nos solos de agricultura e os elementos Fe, Mn, Ni e Zn, superiores nos solos de mata. Os maiores valores de íons metálicos foram encontrados na fração areia, indicando forte contribuição do material de origem. Os teores de íons metálicos pseudototais encontrados na fração TFSA de solos de mata, estão próximos aos dados da literatura em solos de mesma origem geológica da região de estudo e de dados oriundos de basalto, evidenciando a necessidade de considerar as classes de solos na determinação dos valores de referência de qualidade.