, 2 7 0 apresentaram ovos vivos de S chistoso m a m ansoni, A d is trib u iç ã o p o r sexo dos p o rta d o re s de esquistossom ose f o i a se g u in te : 167 hom ens (61,8% ) e 103 m u lh ere s (38,2% ). C om re fe rê n c ia à n a tu ra lid a d e , 2 2 9 p a cie ntes eram n a tu ra is d o E stado de M inas Gerais, 17 de P ernam buco, 14 da Bahia, q u a tro de Alagoas, três d o P ia u í e três de M a to Grosso. Os três pacientes de M a to Grosso são d o sexo fe m in in o , co m 10, 17 e 2 3 anos. D ois são n a tu ra is e residem n o m u n ic íp io do R io N egro e u m reside n o m u n ic íp io de R o n d o n ó p o lis sendo n a tu ra l de P oxoréo. Os três nu nca saira m d o Estado. A c h a m o s q u e estes casos revestem -se de grande im p o rtâ n c ia e p id e m io ló g ica p o is que representam a p rim e ira con stataçã o de esquistossom ose m a nsoni a u tó c to n e no E stado d o M a to Grosso. Ê p ro v á v e l que esteja a co n te n ce n d o em M a to Grosso o q u e aco ntece u re ce n te m e n te em G oiás: a im p la n ta ç ã o em área virgem de foco s a u tó c to n e s de S chistosom a m ansoni, através de p o rta d o re s vindos de zonas e ndêm icas de o u tro s estados, p a rtic u la rm e n te M ina s Gerais, B ahia e estados d o Nordeste.
IN T R O D U Ç Ã OA esquistossomose m ansoni constitui um dos maiores problemas de saúde pública para o Brasil, não só pelo grande número de infectados mas tam bém pela tendência a expandir-se de acordo com as migrações populacionais e a criação de condições epidemiológicas favorá veis.Prata5, em 1960, calculava existirem no Bra sil 6 milhões de pessoas infectadas. Hoje o nú mero deve ser m u ito maior. A grande corrida dos últim os anos à conquista dos espaços vazios do Centro-Oeste e Am azônia com p o rto u conspícuos deslocamentos populacionais, proceden tes em grande parte das áreas endêmicas do Nordeste, Bahia e Minas Gerais.Sempre de acordo com Prata6, em 1960 po diam ser atribuidos à Bahia 1.900.000 esquistossomóticos, outros tantos a Pernambuco; e 900.000 a Minas Gerais. Não surpreende, en tão, que entre os contingentes de procedência desses estados e lançados à colonização dos vazios amazônicos e matogrossenses, exista uma boa parcela de portadores de esquistosso mose.A té hoje não temos estudos sobre a situação da esquistossomose alóctone no Estado de Mato Grosso, nem temos relatos de casos autóctones.Não é d ifíc il todavia, prever que, como acon teceu no contíguo Estado de Goiás1 ,s a presen ça também em Mato Grosso de portadores alóc-tones acabará im plantando focos autóctones de esquistossomose. Aliás parece ser esta uma
itu la r de D oenças Infecciosas e P arasitárias d o Curso de M e d icin a da U niversidade C ató lica de Pelotas -RS. P rofe ssor T itu la r de C lín ic a M édica da F u nda ção U niversidade d o R io G rande -R io G ran de -RS. * * * M é d ico d o H o s p ita l S anta M aria B e rtila -G uira tin g a -M a to Grosso.Recebido para publicação em 2 5 .0 9 .7 8 .