Estado do conhecimento das pesquisas sobre aprendizagem de pessoas jovens e adultas no campo da EJA

Abstract

O presente artigo resulta de um projeto de pesquisa intitulado “Fundamentos e autores recorrentes do campo da Educação de Jovens e Adultos no Brasil” que busca inventariar, sistematizar e analisar produções acadêmica no campo da EJA, que integra pesquisadores de diversos estados do Brasil e do exterior. Este texto objetiva compreender os principais fundamentos teórico-metodológicos que embasam os estudos sobre a aprendizagem, os autores recorrentes e a trajetória de pesquisa deles e dos orientadores no campo da EJA. Convém ponderar que se trata de abordagem quanti-qualitativa de caráter bibliográfico mediante análise de conteúdo, de natureza inventariante e descritivo da produção acadêmica sobre a temática da aprendizagem na EJA. Conta com o aporte teórico de Romanowski e Ens (2006), Meksenas (2002), Severino (2006) entre outros. Como resultado, destaca-se o número reduzido de artigos identificados nesse levantamento, que tem como foco de análise a aprendizagem de jovens e adultos, o que demonstra uma lacuna nesse campo de pesquisa. O tema aprendizagem ainda demonstra certa invisibilidade no contexto de produção teórica sobre desenvolvimento e aprendizagem, já que essas teorias se referem, historicamente, predominantemente, às crianças e aos adolescentes, sendo muito menos explorados esses processos em relação à vida adulta, o que têm implicações importantes para a EJA, seja em relação às políticas de formação de professores para atuarem nessa modalidade de educação, em relação à inadequação de currículos, de metodologias, de materiais didáticos e das formas de avaliação adotadas.

A disciplina de Arte em um colégio da região norte do Brasil: problemas e desafios enfrentados pelos alunos da EJA

“…Importa chamar atenção que pesquisas referentes à aprendizagem de pessoas jovens e adultas no campo da EJA são recentes na literatura científica brasileira, uma vez que começaram a ser publicadas a partir da década de 2000 (Sanceverino, Ribeiro e Laffin, 2020).…”