Este estudo teve como objetivo analisar a influência do ciclo de vida das organizações nas práticas de suavização de resultados contábeis das empresas de capital aberto registradas na Bolsa de Valores Brasil, Bolsa, Balcão-[B]³. Como proxies de detecção da suavização de resultados, foram empregadas as métricas n.º 1, n.º 2 e n.º3 de Leuz, Nanda, e Wysocki (2003). Para a classificação das empresas em estágios de ciclo de vida, utilizou-se o modelo de Dickinson (2011), com base nos sinais obtidos pela demonstração dos fluxos de caixa. Como variáveis de controle, foram utilizados o desempenho, o endividamento e o tamanho. A amostra foi composta por 126 empresas brasileiras de capital aberto, totalizando 630 observações. A análise deu-se a partir da técnica de regressão com dados em painel, para o período entre 2011 e 2015. Os resultados indicaram que o estágio de ciclo de vida da organização pode influenciar, significativamente, a prática de suavização de resultados e que a discricionariedade dos gestores quanto à redução de variabilidade dos resultados (EM1) é mais evidente em empresas que estão no estágio de turbulência, ao passo que a discricionariedade na divulgação dos relatórios financeiros tornou-se mais evidente em empresas nos estágios de introdução e declínio (EM3).