Estatuto do Idoso: análise dos fatores associados ao seu conhecimento pela população idosa brasileira

Abstract

Resumo O objetivo deste artigo é analisar os fatores associados ao conhecimento do Estatuto do Idoso pela população brasileira não institucionalizada com 60 anos ou mais. Trata-se de um estudo transversal e exploratório, que utilizou dados do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) realizado nos anos de 2015 e 2016. A análise estatística foi feita por meio do teste qui-quadrado e emprego de modelos logísticos binários. Maiores chances de conhecer o Estatuto do Idoso entre os mais escolarizados (OR: 3,17; IC95%: 2,19-4,60), aqueles pertencentes ao quartil mais alto de riqueza (OR: 2,96; IC95%: 2,00-4,38) e entre os que sofreram discriminação em função da idade (OR: 1,73; IC95%: 1,39-2,16). Em contrapartida, ter 80 anos ou mais (OR: 0,59; IC95%: 0,43-0,82) e menor comunicação com os filhos (OR: 0,56; IC95%: 0,43-0,74) está associado a um menor conhecimento dessa legislação. Muitas desigualdades no conhecimento dessa legislação, em especial as socioeconômicas, foram observadas demonstrando que o conhecimento dos direitos estabelecidos não é homogêneo. O entendimento de toda a população quanto às prerrogativas do Estatuto do Idoso é essencial para avanços quanto a sua aplicabilidade e efetividade.

Old, elderly, ancient, baluarte or velha guarda: reflections and life experiences

“…4º "Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei". Apesar desse estatuto ser uma lei federal brasileira e ter como objetivo dar dignidade, garantir e proteger os direitos dos idosos, esse estatuto é pouco conhecido e usado pela população (BOMFIM et al, 2022), como pode ser observado no dia a dia de inúmeros idosos.…”

Percepção dos cuidadores de idosos relacionados ao risco de quedas em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI)

“…Dados demográficos mundiais apontam que as pessoas com mais de 65 anos, em 1980, eram de 378 milhões, em 2010, esse número alcançou 759 milhões, e em 2050, esperam-se quase dois bilhões de pessoas (Fhon et al, 2016). No Brasil, uma pessoa idosa é definida como aquela com 60 anos de idade ou mais, o número de idosos ultrapassará 19,2 milhões (9,2%), atingindo 58,2 milhões (25,5%) até 2060, o que por sua vez implicará em maior demanda pelos serviços de saúde direcionados a essa população (Bomfim;Silva;Camargos, 2022;Taguchi et al, 2022).…”

Acute blood pressure behavior in hypertensive elderly people after a strength training session under the superserie method: Study protocol for a randomized clinical trial

“…However, this same process can be maximized or minimized according to the lifestyle that the person adopts throughout their life. We are, therefore, faced with a group that, in many circumstances, finds itself in vulnerable conditions (4) , bad habits such as poor nutritional quality, smoking, high-stress levels, lack of sleep, physical inactivity along with aging also contribute to cellular and vascular dysfunctions, events that cause vascular remodeling, endothelial dysfunction and vascular stiffness, common events also in systemic arterial hypertension (AH), a pathology prone to the elderly, due to aging processes (7,8) .…”