Resumo A expectativa de vida aos 60 anos no Brasil aumentou cerca de 9 anos em pouco mais de meio século. Trata-se de um ganho de sobrevida generalizado, mas que também ocorre de forma heterogênica entre as Grandes Regiões do país. Por outro lado, pouco se sabe, ainda, como os aumentos da expectativa de vida aos 60 anos por região podem ser acompanhados por acréscimos ou decréscimos tanto nos anos vividos com incapacidade, quanto nos vividos livre de incapacidade. O objetivo deste artigo é analisar, para 1998 e 2013, aumentos na Expectativa de Vida Total e suas componentes: Expectativa de Vida Livre de Incapacidade Funcional (EVLI) e com Incapacidade Funcional (EVCI), aos 60, 70 e 80 anos para a população do Brasil e Grandes Regiões. O estudo utilizou informações sobre incapacidade funcional da PNAD de 1998 e PNS de 2013 e empregou o método de Sullivan para estimação da EVLI por sexo e idade. No geral, os resultados mostraram que, entre 1998 e 2013, concomitantemente aos ganhos na EV, ocorreu um crescimento na EVLI. Contudo, os ganhos na EVLI não foram estatisticamente significativos para as regiões Norte e Centro-Oeste. Ou seja, com exceção dessas regiões, além de viver mais, a população idosa de 60 anos poderia esperar viver um número maior de anos com saúde.
Resumo Introdução Estimar a expectativa de vida com osteoporose (EVCO) e a expectativa de vida livre de osteoporose (EVLH) ao nascer e aos 20, 40, 60 e 80 anos, no Brasil, em 2008. Método Empregou-se o método de Sullivan, combinando a tábua de vida e as prevalências de osteoporose. Foram utilizadas as tábuas de vida publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para 2008 e as prevalências de osteoporose do inquérito Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do mesmo ano. Resultados Em 2008, ao nascer, um homem poderia esperar viver, em média, 69,1 anos e, desses, 1,3 ano seria vivido com osteoporose. No caso das mulheres, a esperança de vida seria maior (76,7 anos), assim como a expectativa de vida com osteoporose (7,9 anos). Ao alcançar a idade de 60 anos, as mulheres poderiam esperar viver, em média, por mais 22,7 anos, sendo 7,0 desses anos (31,0%) com osteoporose. Já para os homens, na mesma idade, apenas 1,3 ano (6,6%) dos 19,5 anos remanescentes seriam vividos com osteoporose. Conclusão Os resultados chamam atenção para a necessidade de considerar as diferenças entre os sexos em relação à demanda por cuidado.
Introdução: Em decorrência de seu processo de adoecimento, a osteoporose não possui elevada mortalidade, mas sua presença tem ligação direta com quedas e fraturas, acarretando perdas para idosos, além de prejuízos no aspecto social e econômico. Objetivo: estimar a expectativa de vida com osteoporose (EVCO), aos 60 e 80 anos, para homens e mulheres, para o Brasil e as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Métodos: Foi utilizado o método de Sullivan, combinando informações de morbidade e mortalidade. A análise foi conduzida com dados de participantes da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) e Tábuas de Vida pulicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resultados: Aos 60 anos, em 2016, em média, os homens do Nordeste esperariam viver 2,5 anos com osteoporose e os do Norte 2,6 anos; já as mulheres viveriam 9,1 anos com osteoporose, em ambas as regiões. Aos 80 anos, as diferenças entre os sexos se mantiveram, com 3,9 contra 6,7 anos no Nordeste e 3,8 contra 8,5 anos no Norte. As estimativas também evidenciam que os homens, de 60 e 80 anos, das regiões Norte e Nordeste, apresentaram, proporcionalmente, menos anos vividos com osteoporose comparados com o Brasil. Para as mulheres não houve grandes diferenças percentuais entre as localidades em análise. Conclusão: Conhecer o quanto tempo em média que se vive com osteoporose permite que ações efetivas possam ser tomadas para o combate a doença e tratamento adequado, respeitando as diferenças entre os sexos.
Buscou-se mensurar o percentual de contribuição dos grupos etários avançados nos ganhos em expectativa de vida ao nascer, analisando as mudanças entre 1950 e 2095, a contribuição das causas de morte na variação da expectativa de vida, entre 2010 e 2017, para ambos os sexos, para o Brasil. Foram utilizadas tábuas de mortalidade por sexo, idade e dados de causas de óbito. Utilizaram-se as decompo-sições de Arriaga (1984) e Pollard (1982). Os resultados mostraram que a partir do final da década de 90 e início do século XXI, o grupo etário de 60 anos ou mais se transformou no que mais contribuiu para os ganhos em expectativa de vida, ultrapa-ssando a contribuição do grupo de 0 a 14 anos, aumentando consideravelmente sua contribuição até o final deste século. Para potencializar ainda mais os ganhos em idades avançadas, deve-se ter a ênfase no com-bate as doenças crônicas, bem como suas consequências.
Resumo O objetivo deste artigo é analisar os fatores associados ao conhecimento do Estatuto do Idoso pela população brasileira não institucionalizada com 60 anos ou mais. Trata-se de um estudo transversal e exploratório, que utilizou dados do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) realizado nos anos de 2015 e 2016. A análise estatística foi feita por meio do teste qui-quadrado e emprego de modelos logísticos binários. Maiores chances de conhecer o Estatuto do Idoso entre os mais escolarizados (OR: 3,17; IC95%: 2,19-4,60), aqueles pertencentes ao quartil mais alto de riqueza (OR: 2,96; IC95%: 2,00-4,38) e entre os que sofreram discriminação em função da idade (OR: 1,73; IC95%: 1,39-2,16). Em contrapartida, ter 80 anos ou mais (OR: 0,59; IC95%: 0,43-0,82) e menor comunicação com os filhos (OR: 0,56; IC95%: 0,43-0,74) está associado a um menor conhecimento dessa legislação. Muitas desigualdades no conhecimento dessa legislação, em especial as socioeconômicas, foram observadas demonstrando que o conhecimento dos direitos estabelecidos não é homogêneo. O entendimento de toda a população quanto às prerrogativas do Estatuto do Idoso é essencial para avanços quanto a sua aplicabilidade e efetividade.
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