Modelo de estudo: Revisão da literatura. Crianças com morbidades crônicas, progressivas e/ou inabilidades funcionais são menos ativas que crianças saudáveis. As alterações metabólicas que as acometem, favorecem o aumento do gasto energético (GE). A avaliação do gasto energético de atividade (GEA) fornece dados específicos sobre a eficiência da marcha, e serve como ferramenta de auxilio na eleição das intervenções terapêuticas. O método padrão ouro de avaliação do GEA pelo consumo máximo de oxigênio (VO2) tem sua prática limitada na rotina clínica pela complexidade de aquisição de dados e seu valor financeiro elevado. Assim, equações preditivas, baseadas na relação linear entre a frequência cardíaca (FC) e o VO2 têm sido apontadas como alternativas simples e de fácil execução. Entretanto, os estudos científicos são heterogêneos quanto ao melhor método de obtenção das variáveis que compõem estas equações. Diante disto, este estudo objetivou realizar uma revisão da literatura apresentando os métodos mais utilizados para avaliar o GEA baseado na FC, apontando as vantagens e desvantagens, a fim de orientar sua aplicabilidade na prática clínica. Nesta revisão foram inseridos 15 estudos que analisaram diferentes tipos de (a) percurso: testes em esteiras e realizados em solo; (b) velocidade: confortável, auto selecionada e selecionada pelos autores; (c) equações preditivas e variáveis analisadas: FC, tempo, distância percorrida; (d) grupo amostral: crianças com paralisia cerebral, distrofia muscular, fibrose cística e/ou saudáveis. Da análise, conclui-se que o GEA, estimado pelo índice do gasto energético (IGE), foi prevalente entre os estudos e o seu uso foi classificado como prático e confiável. Ainda assim, alguns parâmetros metodológicos podem ser melhor aperfeiçoados em estudos futuros