O semiárido brasileiro carece de um monitoramento ambiental constante dos usos do solo, para aplicação de medidas de reversão e prevenção sobre os recursos hídricos e naturais à longo e médio prazo. O sensoriamento remoto viabiliza avanços e condições essenciais para monitorar mudanças causadas na dinâmica da cobertura vegetal do bioma Caatinga, de forma eficiente. Com isso, objetivou-se monitorar e avaliar o risco de degradação ambiental e desertificação, utilizando geoprocessamento junto as técnicas de sensoriamento remoto, destacando as análises do padrão de paisagem e modelagem espaço-temporal de parâmetros biofísicos micrometeorológicos a partir do uso de imagens de satélite e dados meteorológicos de superfície para a região semiárida de Iguatu, Ceará, Brasil. Foram desenvolvidos mapas temáticos do albedo e temperatura da superfície e do risco de degradação da região, avaliados por estatística descritiva, medidas de precisão e qualidade temática. As áreas de solo exposto, de pouca cobertura vegetal e área urbana expressaram os maiores valores de albedo (0,21 a 0,45) e temperatura da superfície (23,20 a 47,00 °C), sendo estas mais susceptíveis aos processos de degradação ambiental local. Os déficits de precipitação, a seca e o gradativo aumento da temperatura na região semiárida, ao longo do tempo, acentuaram o risco de degradação, com percentuais de aumento de até 51,96% (alta), 23,79% (severa) e 17,56% (moderada) da área total da região. Conclui-se que as regras preestabelecidas por árvore de decisão e uso de indicadores micrometeorológicos permitiram quantificar e monitorar o risco de degradação ambiental no espaço e no tempo, com avaliação de precisão e qualidade temática excelente. Monitoramento Espaço-Temporal do Risco de Degradação Ambiental e Desertificação por Sensoriamento Remoto em Região Semiárida Brasileira R E S U M OO semiárido brasileiro carece de um monitoramento ambiental constante dos usos do solo, para aplicação de medidas de reversão e prevenção sobre os recursos hídricos e naturais à longo e médio prazo. O sensoriamento remoto viabiliza avanços e condições essenciais para monitorar mudanças causadas na dinâmica da cobertura vegetal do bioma Caatinga, de forma eficiente. Com isso, objetivou-se monitorar e avaliar o risco de degradação ambiental e desertificação, utilizando geoprocessamento junto as técnicas de sensoriamento remoto, destacando as análises do padrão de paisagem e modelagem espaço-temporal de parâmetros biofísicos micrometeorológicos a partir do uso de imagens de satélite e dados meteorológicos de superfície para a região semiárida de Iguatu, Ceará, semiárido brasileiro. Foram desenvolvidos mapas temáticos do albedo e temperatura da superfície e do risco de degradação da região, avaliados por estatística descritiva, medidas de precisão e qualidade temática. As áreas de solo exposto, de pouca cobertura vegetal e área urbana expressaram os maiores valores de albedo (0,21 a 0,45) e temperatura da superfície (23,20 a 47,00 °C), sendo estas mais susceptíveis aos processos de degradação ambiental local. Os déficits de precipitação, a seca e o gradativo aumento da temperatura na região semiárida, ao longo do tempo, acentuaram o risco de degradação, com percentuais de aumento de até 51,96% (alta), 23,79% (severa) e 17,56% (moderada) da área total da região. Conclui-se que as regras preestabelecidas por árvore de decisão e uso de indicadores micrometeorológicos permitiram quantificar e monitorar o risco de degradação ambiental no espaço e no tempo, com avaliação de precisão e qualidade temática excelente.Palavras-chave: geoprocessamento, Caatinga, desmatamento, parâmetros biofísicos, agrometeorologia.