Estratégias de saúde realizadas por/para mulheres negras nas Américas: revisão de escopo

Abstract

Este artigo apresenta um panorama de estratégias de promoção da saúde de mulheres negras, voltadas à potencialização de resiliência, agência, emancipação, autonomia ou empoderamento. Os dados apresentados neste artigo correspondem a parte dos resultados coletados por uma revisão sistemática de escopo, que integrou a pesquisa “Estratégias de promoção da saúde de mulheres negras: interseccionalidade e bem viver”, com descrição de experiências reconhecidas no campo científico. Discutimos 11 estratégias estadunidenses e 1 brasileira, apresentando seus objetivos, perspectivas teóricas, descrições, quem as realizou, perfil de participantes, método, técnicas e instrumentos, além de discutir alguns resultados e o panorama geral, em diálogo com as perspectivas teóricas da abordagem multicultural dos direitos humanos na saúde e do feminismo negro. Ao final, apontamos recomendações para agendas futuras, no sentido da atenção à interseccionalidade como método de análise e de ação, produções teóricas de diversas regiões, epistemologias e cosmovisões, consideração das demandas específicas, responsabilidade ampla pela saúde das mulheres negras, valorização das experiências das mesmas, incluindo as não-acadêmicas, o feminismo negro como estratégia de enfrentamento das colonialidades de poder, diversidade na formação de equipes e fontes teóricas, ampliação das publicações de pesquisadoras(es) negras(os) e do movimento social negro e de mulheres negras, e ampliação das vozes de autoras(es) amefricanas(os).

Race and Gender Relations in Developmental Psychology

“…Continuing to focus on the studies, and considering the specificity of social figures that reconcile being women and Black, Prestes (Prestes & Paiva, 2016;Prestes et al, 2018) discussed the prevalence of works that, when they include or focus on Black women, are restricted to their illnesses. The enormous demand for new forms of analysis of the experiences of Black women was evaluated, with spins that include intersectionality as a method of analysis and action, that is, studies that consider different approaches to the themes, as well as a crossroads of axes of theoretical perspectives, sources of knowledge, styles of theories and practices, axes of specificities, and dimensions of the context.…”