This article presents a critical overview of theories and practices that aim to enhance black women's health focusing on the concept of resilience. Beyond the academic literature, mostly from Pyschology, this text mobilizes different sources about racial relations, including the social movement production. Black women are exposed to human rights deprivation, to the inefficency of governmental programs that should guarantee the right to education and to comprehensive health care, among others. They are also frequently exposed to racism and sexism that affect their health. The concept of "resilience as a process" adopted in this article, a result of both the critical reflection on the literature and of research data, supports the adoption of a psychosocial approach resulting from vulnerabilities analysis integrated to a human rights based framework. The conclusion calls for initiatives that include the practical knowledge of black women and for valuing their collective and transgenerational experiences that has supported the overcome of their exposure to extreme vulnerable contexts, experiences that enhanced their processes of resilience. In this perspective, there is a need to consider not only black women's assistance and individual care but also their different experiences of belongingness, their trajectories, their networks, communities and territories. Keywords: Psychosocial; Race Relations; Ethnicity and Health; Women; Health Vulnerability; Psychological Resilience.1 Article inspired by and based on a master in Psychology dissertation, supported by Capes entitled "Feridas até o coração, erguem-se negras guerreiras. Resiliência em mulheres negras: transmissão psíquica e pertencimentos" [Hurt to the heart, the black female warrior arise. Resilience in black women: psychical transmission and belongingness] by Clélia Prestes. ResumoEste artigo apresenta uma revisão crítica de teorias, técnicas e práticas que visam a potencialização da saúde de mulheres negras com foco em concepções sobre resiliência. Além da literatura acadêmica, em especial da psicologia, o texto mobiliza diferentes fontes sobre relações raciais, inclusive a produção do movimento social. Mulheres negras estão expostas à privação de direitos humanos, à ineficiência dos programas de governo na garantia do direito à educação e à saúde integral, entre outros. Estão também expostas à incidência frequente do racism e do sexismo, que se traduzem em prejuízos à sua saúde. A concepção processual de resiliência adotada neste artigo, que resulta tanto da reflexão crítica sobre a literatura como de resultados de pesquisa apresentados, fortalece a adoção de uma perspectiva psicossocial, resultante da análise das vulnerabilidades integrada ao quadro dos direitos humanos. Conclui-se pela produtividade de iniciativas que incluam a sabedoria prática das mulheres negras e a valorização de experiências coletivas e transgeracionais que as apoiam para superar os contextos de alta vulnerabilidade a que estão expostas, estimulando a potencialização de proces...
Este artigo apresenta um panorama de estratégias de promoção da saúde de mulheres negras, voltadas à potencialização de resiliência, agência, emancipação, autonomia ou empoderamento. Os dados apresentados neste artigo correspondem a parte dos resultados coletados por uma revisão sistemática de escopo, que integrou a pesquisa “Estratégias de promoção da saúde de mulheres negras: interseccionalidade e bem viver”, com descrição de experiências reconhecidas no campo científico. Discutimos 11 estratégias estadunidenses e 1 brasileira, apresentando seus objetivos, perspectivas teóricas, descrições, quem as realizou, perfil de participantes, método, técnicas e instrumentos, além de discutir alguns resultados e o panorama geral, em diálogo com as perspectivas teóricas da abordagem multicultural dos direitos humanos na saúde e do feminismo negro. Ao final, apontamos recomendações para agendas futuras, no sentido da atenção à interseccionalidade como método de análise e de ação, produções teóricas de diversas regiões, epistemologias e cosmovisões, consideração das demandas específicas, responsabilidade ampla pela saúde das mulheres negras, valorização das experiências das mesmas, incluindo as não-acadêmicas, o feminismo negro como estratégia de enfrentamento das colonialidades de poder, diversidade na formação de equipes e fontes teóricas, ampliação das publicações de pesquisadoras(es) negras(os) e do movimento social negro e de mulheres negras, e ampliação das vozes de autoras(es) amefricanas(os).
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