Objetivo: Analisar o nível de estresse e sinais preliminares da Síndrome de Burnout nos enfermeiros que trabalham nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) da COVID-19 e, nas demais UTIs, no contexto da pandemia. Metodologia: Estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativo do tipo analítico, de um contexto específico, executado de fevereiro a maio de 2021, com enfermeiros das UTIs, de um Hospital de Ensino, do interior do estado de São Paulo. Foi aplicado um formulário estruturado por meio do Google Forms, associados aos Questionário de Stress nos Profissionais de Saúde de Gomes & Teixeira e Questionário JBEILI, inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI (Chafic Jbeili). Para as análises estatísticas, foi adotado o nível de significância p ≤ 0,050, sendo realizadas análises de correlação, teste de normalidade, testes estatísticos Wilcoxon, U de Mann-Whitney e Correlação de Spearman. Resultados: A população do estudo foi composta por 61 enfermeiros. Destes, 38 atuam nas UTIs COVID-19 e 23, nas demais UTIs. Não houve diferença estatística significativa, em relação ao nível de estresse e a análise preliminar de Burnout entre os dois grupos. Quanto ao nível de estresse global identificados no QSPS, a classificação de “bastante estresse” foi predominante (34%), seguido de elevado estresse (24%). Na análise preliminar de Burnout, 82% da população total apresentou a Síndrome de Burnout, sendo a classificação “Fase inicial da Burnout” a mais pronunciada. Conclusão: Os resultados pontuam níveis de estresse global de “bastante” a “elevado” e predomínio da fase inicial e de instalação da síndrome de Burnout em enfermeiros das UTIs COVID-19 e demais UTIs.