Estresse Ocupacional e Resiliência Entre Profissionais de Saúde

Abstract

Estudos apontam que vivências relacionadas ao trabalho podem acarretar adoecimento, sendo que repercussões adversas têm sido especialmente identificadas em profissionais de saúde. Considerando tais evidências, realizou-se uma investigação sobre estresse e resiliência entre profissionais dessa área. A coleta foi organizada em duas etapas: a) survey online,com 92 profissionais de diferentes categorias, por meio da aplicação de questionário sociodemográfico e ocupacional, Job Stress Scale e Inventário de Resiliência; e b) dois grupos focais presenciais, totalizando seis profissionais de enfermagem. Os dados foram submetidos à análise estatística e os relatos à análise de conteúdo temática. Principais fatores de risco encontrados: trabalhar em jornada de plantão e ter mais de um vínculo empregatício. Suporte social constituiu fator de proteção mais significativo. Técnicos de enfermagem representaram a categoria mais vulnerável. Mais da metade dos participantes revelou controle sobre a atividade laboral e baixo estresse ocupacional. Dentre os indicadores de resiliência, destacaram-se: satisfação no trabalho, competência emocional, empatia e tenacidade e inovação. Sugere-se que pesquisas futuras avaliem a eficácia de intervenções destinadas ao fortalecimento e desenvolvimento de fatores associados à resiliência, assim como à redução do estresse vivenciado na atuação em saúde.

Resilience of the health team in caring for people with mental disorders in a psychiatric hospital

“…In this sense, we highlight re-signification as a strategy used by professionals to adapt to the work context, which allows them to successfully overcome difficulties and perceive personal and professional maturation through caring for people with mental disorders. Similarly, the importance of work affecting personal and professional maturation was also described by a study with nursing professionals from a hospital in the Rio Pardo Valley region of Rio Grande do Sul, Brazil (5) .…”

“…In the context of work, resilience is a constant process, marked by personal growth and the development of people's potential for promoting worker health (3)(4) . Thus, it is necessary for professionals to recognize their limitations so that they can partially or totally minimize unnecessary stressors and thus create skills and suggestions for improving their quality of life and professional performance (4)(5) . In this context, the worker who uses his personal characteristics and his physical and mental balance is more likely to endure the rhythm of exhausting work, pressure and responsibilities, thus becoming a resilient professional (3) .…”

“…Moreover, a number of organizational factors can impact working conditions in health, such as professional shortages, lack of autonomy, harassment and violence. All these factors contribute to the formation of a work environment that can be considered hostile, abusive and unpleasant (2,5) . Despite being exposed to adverse conditions, many health professionals develop strategies and resources to remain healthy, which can make them satisfied with the environment and thus act significantly in promoting biopsychosocial well-being (3) .…”

“…In this sense, resilience is linked to the understanding of risk and protection factors. Risk factors reduce the possibility of overcoming imposed deficiencies, however their impact is diminished by protective factors (2,5) . In the context of mental health care, psychiatric hospitals are one of the services responsible for attending people in psychological crisis, requiring professionals to be sensitive, alert, attentive and prepared to cope with the unpredictability of a variety of clinical conditions.…”

Distúrbios Psíquicos Menores Em Trabalhadores De Enfermagem De Um Bloco Cirúrgico

“…Na área da saúde, estudos demonstram que os profissionais estão expostos a diversos riscos ocupacionais que podem afetar sua saúde física e mental. Esses riscos estão relacionados às exposições a um cotidiano cada vez mais estressante, com rotinas exaustivas, condições inapropriadas de trabalho, convívio com a dor, o sofrimento e a falta de recursos físicos e materiais que favoreçam o trabalho (2)(3) . Nesse cenário, as categorias de enfermagem são as mais referidas, pelo contato contínuo com sofrimento, morte, jornadas de trabalho múltiplas, sobrecarga de trabalho e remuneração desproporcional ao trabalho que executam.…”