Estrutura, organização e processos de trabalho no controle da tuberculose em municípios do estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Abstract

Em 2011, o estado do Rio de Janeiro (ERJ) apresentou a mais alta taxa de incidência de tuberculose do país. Realizamos uma pesquisa qualitativa sobre a estrutura, a organização e os processos de trabalho no Programa de Controle da Tuberculose (PCT), por meio de uma análise temática de entrevistas com coordenadores do PCT em 13 municípios do ERJ. A descentralização do controle da tuberculose – por intermédio da incorporação de suas normas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) – exige a reorganização dos processos de trabalho do Programa. A substituição contínua de profissionais da ESF e a estrutura insuficiente do PCT prejudicam o controle da tuberculose. A superação do modelo baseado em um serviço de tratamento especializado requer a integração do PCT a todos os níveis do Sistema Único de Saúde, e atribuição de autonomia aos coordenadores, para tomarem decisões.

Detecção da tuberculose: a estrutura da atenção primária à saúde

“…In Pelotas, most units did not have these materials, a situation also found in studies conducted in Rio de Janeiro (7) and Paraíba (5) . Despite the absence, the professionals were unanimous, during the qualitative analysis in Pelotas, in saying how easy it was to restock the input.…”

“…The proximity to a reference professional and a bond of trust established with the health unit favor the search for care when the first symptoms appear, leading to an early diagnosis. A study conducted in the Rio de Janeiro state (7) , in 2015, revealed that one of the main difficulties in keeping the TB control actions decentralized and in the PHCs is the turnover of professionals, since it is impossible to maintain the program active in a unit where the professionals are not made aware of TB and trained to deal with it.…”

“…Since this is a complex activity, the detection of cases demands the actions of multi-disciplinary teams, adequately trained and supported by organizational and physical structures, with inter-sectoral actions and a continuous information flux, allowing for an effective coordination of assistance, capable of guaranteeing that attention is continuous and can attend the needs of users (5)(6)(7) .…”

“…The necessary structure for the detection of TB cases prescribes that municipal management should consider physical and organizational aspects of PHC teams, including any necessary input for the bacilloscopy catarrh exam (sterile pots with screw tops, forms to request the exam, register books for those with respiratory symptoms, thermal boxes to store the catarrh samples), the transport of the samples to the lab and a team of professionals properly trained and aware, so that the SRs can be conducted to a diagnostic (2) . Studies conducted in many regions of the country (5,(7)(8) made clear that there are structural and organizational limitations for the execution of TB control actions in PHC, which led to the fragmenting of care and reflected in the efficacy of said control actions.…”

Análise estratégica da Vigilância Epidemiológica em tuberculose: uma experiência local

“…Achados de outros estudos corroboram sobre a carência de insumos fundamentais às práticas do PCT, como o de Cunha et al (2015), que reforça a questão em municípios do estado do Rio de Janeiro, dentre eles o de Itaboraí.…”