Estudo anatômico do crescimento do fruto em Acca sellowiana Berg.

Abstract

RESUMO -A Acca sellowiana Berg. (Myrtaceae) é uma frutífera nativa dos planaltos meridionais do Sul do Brasil e que se encontra em processo de domesticação. Seus frutos são doce-acidulados e podem ser consumidos in natura ou empregados para a produção de sucos e doces. Assim, informações sobre o desenvolvimento, morfologia e anatomia de seus frutos são de grande interesse e foram objetos do presente trabalho. O fruto (ovário mais hipanto), no tempo zero (plena floração), tem, em média, 0,6 cm de altura e 0,4 cm de diâmetro, sendo cerca de dez vezes menor que o fruto maduro. Longitudinalmente, identificam-se três regiões distintas: locular, sublocular e prolongamento. Transversalmente, na região mediana, estão delimitadas três regiões: 1) epiderme (casca): com tricomas unicelulares e simples; 2) região parenquimática: rica em braquiesclereídes, isoladas ou em pequenos grupos (2-3 células), com oito feixes vasculares concêntricos perifloemáticos distribuídos radialmente e muitas glândulas esféricas subepidérmicas; 3) região interna (polpa): com células pequenas, cúbicas, nitidamente dispostas em 3-4 camadas ao redor dos lóculos, várias contendo drusa. Quatro lóculos são separados pelos septos e vários óvulos nascem de placentas axiais, com duas fileiras por lóculo. Não ocorrem nectários. À medida que o fruto se desenvolve, surgem, na região intermediária, grupos de células de paredes finas, que crescem muito e diferenciam-se em braquiesclereídes. As placentas crescem, ocupando todo o espaço interior dos lóculos à medida que estes aumentam de tamanho e as sementes se desenvolvem. Assim, o fruto maduro apresenta uma região periférica de consistência firme e gosto adstringente, e uma região central macia e adocicada. Termos para indexação: Goiaba serrana, anatomia do fruto, crescimento do fruto. ANATOMIC STUDY OF Acca sellowiana BERG. FRUIT GROWTHABSTRACT -Acca sellowiana Berg. (Myrtaceae) is a fruit-bearing treelet or shrub native from the highlands of South Brazil. The plant is currently in the domestication process. Its fruit is sweet-acidified and can be consumed raw or be used for the preparation of juice and jam. Thus, information on the development, morphology and anatomy of the fruit is of great interest, and was featured as the objective of this study. The average fruit dimensions (ovary surrounded by the hypanthium) in the bloom stage were 0.6 cm in length and 0.4 cm in diameter, being ten times smaller than the ripe fruit. Longitudinally, three distinct regions were observed: a locular-, a sublocular-and a prolongation region. In a transverse cross-section in the middle of the fruit, three regions were delimited: 1) epidermis (peel) with simple unicellular trichomes. 2) parenchymatous region (flesh) rich in stone cells, isolated or aggregated in small groups of 2-3 cells; with eight radially distributed concentric periphloematic vascular bundles; and with many spherical glands near the epidermis. 3) inner region (pulp) with small cubic cells, organized in 3-4 layers around the locules, various containing d...

Growth model of the pineapple guava fruit as a function of thermal time and altitude

“…The fruit growth curve had three post-anthesis stages: the first stage of slow growth lasted approximately 80 days after anthesis in both of the sites; stage two included faster growth from day 80 until day 127 (2209 GDD) for San Francisco de Sales, and from day 80 until day 145 (1587 GDD) for Tenjo; stage three, in which the fruit weight increased significantly in both of the sites, lasted from day 127 until harvest and from day 145 until harvest for San Francisco de Sales and Tenjo, respectively. These results coincide with those found by Rodríguez et al (2006) for 'Quimba' pineapple guava and by Esemann-Quadros et al (2008), who conducted feijoa fruit studies in anatomy and morphology. Fischer (2003) showed that pineapple guava normally has a simple sigmoid growth curve (in size or weight) but can also express a double sigmoid depending on the cultivar and the agroecological conditions.…”

“…These authors observed that the growth curve of the fruit showed three stages after anthesis: the first stage from 70 days post-anthesis was the slow-growing phase; the second stage lasted from day 70 until day 126, and the third stage lasted from day 126 until day 154. The authors also demonstrated that during the third development stage, the fruit volume increased significantly in both of the clones, which corroborated findings from Esemann-Quadros et al (2008). Table 2.…”

Fenologia da floração e frutificação de mirtáceas nativas da floresta com araucária

“…Aspectos anatômicos dessas etapas foram observados em células de frutos de goiabeira serrana (Acca selowiana, Myrtaceae), por Esemann-Quadros et al (2008). Giovannoni (2004) relata que, em tomate, considerado fruto climatérico, ocorreu a síntese e o acúmulo de pigmentos carotenoides, durante a maturação.…”

A survey of ontogeny pericarp features as contribution to the infratribal characterization of Myrteae (Myrtaceae)

“…The presence of sclereids in the mesocarp, as in C. adamantium has also been described in C. pubescens, Psidium australe var. argenteum, P. guianensis (Moreira‐Coneglian , ), and Acca selloviana (Esemann‐Quadros et al ). Despite the fact that this characteristic is referred to in the literature as of general occurrence for species of the ‘Pimenta’ group, which include the afore‐mentioned species, the presence of sclereids was not mentioned by Landrum ().…”