O estudo foi conduzido com o objetivo de comparar o processo cicatricial do cólon descendente de eqüinos, quando submetido a duas técnicas de sutura, uma em plano aposicional e outra em dois planos com invaginação. Foram utilizados 15 eqüinos sadios e a intervenção cirúrgica foi realizada com os animais em decúbito lateral direito, sob anestesia geral inalatória. O acesso à cavidade abdominal foi feito pelo flanco esquerdo, e após exteriorização do cólon descendente, realizaram-se duas enterotomias de 5cm de extensão cada, distanciadas 20cm uma da outra. Os animais foram aleatoriamente distribuídos em cinco grupos de três animais cada e sacrificados aos 3, 7, 14, 21 e 35 dias pós-operatório. O exame necroscópico revelou presença de aderências nos dois padrões de sutura. Em nove eqüinos foram observadas aderências no padrão de sutura aposicional (60,0% ± 12,6) e em quatro no padrão com invaginação (26,6 % ± 11,4). Não foi verificada interferência com o trânsito intestinal em nenhum paciente. O exame histopatológico revelou regeneração da camada mucosa a partir do sétimo dia de pós-operatório em ambos os tipos de sutura. O fio de poliglactina 910 empregado nas enterorrafias do cólon descendente se mostrou resistente, de fácil manuseio e com boa capacidade para manter os nós aplicados, causando moderada reação inflamatória do tipo granulomatosa.